Rio de Janeiro O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,7% no ano passado, com base na nova metodologia de cálculo adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado está 0,8 ponto porcentual acima dos 2,9% medidos pelo sistema anterior. Com o crescimento mais forte, principalmente no terceiro e quatro trimestres de 2006, as previsões para 2007, que estavam na média de 3,5%, estão sendo recalibradas para até 4,8%. O PIB do ano passado somou R$ 2,322 trilhões e a renda per capita, R$ 12,437 mil.
O setor de serviços, que ganhou peso maior e já responde por 64% da economia, avançou 3,7% e foi um dos principais responsáveis pela expansão mais forte da economia em 2006. Isso ocorreu por conta dos ajustes metodológicos, que revelaram crescimentos maiores do que os apurados anteriormente em serviços financeiros, aluguel e administração pública.
A agropecuária avançou 4,1% e a indústria, 2,8% abaixo do crescimento da economia. A nova metodologia captou um avanço mais forte do consumo privado (de 2,1% para 4,3%) e do governo (de 2,1% para 3,6%). A expansão de 5,6% na massa salarial e de 29,9% nas operações de crédito elevaram o consumo no país.
Outro destaque foi a forte expansão dos investimentos (de 6,3% para 8,7%), por causa da maior produção e importação de máquinas e equipamentos, que hoje pesam mais neste cálculo. Como resultado, a taxa de investimento subiu de 16,3% para 16,8%, a maior desde 2001 (17%).
"Melhora um pouco a qualidade do crescimento, mas ainda reflete um consumo das famílias e do governo se expandindo de forma mais importante que a dos investimentos, o que é ruim porque não aumenta a capacidade produtiva, como era de se esperar", pondera o economista da MB Associados Sérgio Valle.
Os dados divulgados ontem confirmam que o crescimento econômico no primeiro governo Lula foi de 3,3% ao ano, em média, 0,6 ponto porcentual acima da taxa da série antiga. A média nos oito anos dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso foi de 2,3%. Ainda assim, o atual governo é o terceiro pior na história do país na distância entre crescimento local e mundial, conforme levantamento do economista da UFRJ Reinaldo Gonçalves.
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