• Carregando...
Vídeo: | TV Paranaense
Vídeo:| Foto: TV Paranaense

São Paulo – O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, disse ontem que a Varig e Gol serão empresas completamente independentes e concorrentes. Ele afirmou que as duas empresas terão executivos diferentes, que comandarão departamentos e estratégias comerciais distintas. Segundo Constantino, a Gol continuará com seu perfil "low cost", que adota desde o início das operações, em 2001. Já a Varig priorizará vôos domésticos sem escala e internacionais intercontinentais, área em que sempre foi forte.

Para Constantino, juntas as duas empresas deverão assumir no "futuro próximo" a liderança do mercado doméstico brasileiro, hoje da concorrente TAM. Ele não quis prever uma data para que isso aconteça.

Para retomar os vôos internacionais da Varig, Constantino disse que vai alugar mais aviões – ele não informou o número – e que, no futuro, vai fazer uma concorrência entre os fabricantes Boeing e Airbus para comprar novas aeronaves. Já a Gol continuará com frota apenas da Boeing.

A Varig quer retomar as rotas internacionais que deixou de operar. Entre elas, Madri, Milão, Paris, Londres, Cidade do México, Santiago, Bogotá e Caracas.

Constantino afirmou ainda que a Varig deverá retomar parcerias com outras companhias aéreas internacionais. Ele, no entanto, não disse a quais empresas ou grupo de companhias aéreas a Varig deverá se filiar. No final do ano passado, a Varig deixou a Star Alliance, grupo que compartilhava programa de milhagem com a United Airlines, Air Canada, Lufthansa, South African Airways, Swiss e TAP Portugal, entre outras.

Constantino também informou que o programa Smiles, que será mantido com a realização do negócio, não poderá ser usado em vôos da Gol, apenas da Varig. Além da manutenção do Smiles e da compra de aviões, a Gol já havia anunciado a extinção da primeira classe nos vôos internacionais, que terão serviços de classe econômica e executiva. "O mundo mudou e o conceito de luxo excessivo está superado. As pessoas em sua maioria querem conforto e praticidade", diz Constantino.

A compra da Varig pela Gol foi fechada na quarta-feira por US$ 320 milhões, sendo US$ 275 milhões para aquisição do controle, além de mais R$ 100 milhões relativos ao compromisso de honrar debêntures (títulos) emitidas pela Varig. O pagamento de US$ 275 milhões será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia.

O negócio ainda está sujeito à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]