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Após dois meses seguidos de retração da produção das fábricas, o emprego na indústria se mantém debilitado. Em abril, as vagas de trabalho no setor caíram 0,3%, na comparação livre de efeitos sazonais (típicos de cada período) com março. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (11).

Em relação a abril do ano passado, a queda é de 2,2%.

Sem uma retomada à vista da produção e com empresários pouco otimistas, o emprego na indústria patina e tende a fechar 2014 em terreno negativo.

O emprego não reage, nem mesmo quando a produção dá soluços de melhora, diante da reduzida confiança de empresários, que não esperam uma retomada mais forte à frente -e por isso não contratam diante dos elevados custos de admissão.

Essa situação ocorre em um cenário de inibição ao consumo causado por juros maiores, crédito escasso, inadimplência em nível elevado e inflação alta.

O índice acumulado nos primeiros quatro meses de 2014 aponta uma retração de 2%. No acumulado dos últimos 12 meses até abril, a queda é de 1,5%.

Rendimento

Mesmo sem o avanço do emprego, a renda da indústria segue em alta -embora num ritmo menor- diante da falta de mão de obra em alguns setores e funções. Também estimula a manutenção dos salários em alta a concorrência de outros ramos que mostram melhor desempenho e abrem vagas, como o comércio e os serviços.

Nesse contexto, a folha de pagamento em abril avançou 0,7% no mês, após assinalar recuo de 2,3% em março e crescer 1,5% em fevereiro.

O IBGE informou que pagamentos de bônus e participações nos lucros inflaram o desempenho de abril.

Na comparação abril de 2013, o valor da folha de pagamento real (indicador de rendimento do setor) teve crescimento de 0,9%, quarto resultado positivo consecutivo nesse indicador.

Na taxa acumulada no primeiro quadrimestre de 2014, a renda na indústria avançou 1,8%, invertendo a queda de 0,7% observada no último quadrimestre de 2013. Já o índice acumulado nos últimos 12 meses subiu 1,2% em abril de 2014, numa clara perda de ritmo frente dos meses anteriores.

Produção

Em abril, a produção industrial nacional caiu 0,3% frente ao mês imediatamente anterior. Tal cenário só corrobora com a retração do emprego no setor.

Considerando o desempenho frente a abril de 2013, a queda foi ainda mais expressiva: recuo de 5,8%.

Os dados mostram que a indústria já iniciou o segundo trimestre do ano pior do que terminou o período de janeiro a março. No ano, de janeiro a abril, a indústria acumulada queda de 1,2%.

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