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São Paulo - A redução na taxa básica Selic que deve ser anunciada hoje à tarde irá tirar o Brasil da liderança do ranking dos países com maiores juros reais do planeta. Se a expectativa do mercado de corte de 1 ponto porcentual na Selic for ratificada, o juro real (que desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses da taxa básica) do país descerá a 5,8%.

A liderança será assumida pela China, com taxa real de 6,6%, seguida pela Hungria, com 6,4%. Desde 2003, o Brasil não ficava na terceira colocação do ranking, que considera 40 países e é elaborado pela UpTrend Consultoria Econômica. "Isso mostra que a política de afrouxamento monetário ainda deixa o país entre os melhores pagadores de juros, principalmente se considerarmos os dois graus de investimento do Brasil", diz Jason Freitas Vieira, economista-chefe da UpTrend.

Mesmo com o ciclo de redução da taxa básica conduzido atualmente pelo BC, a distância das taxas reais praticadas por aqui e a da maioria dos países pesquisados é bastante elevada. A taxa média dos 40 países da pesquisa ficou em 0,2% ao ano.

As taxas reais de juros são uma importante referência para o setor privado na hora de planejar seus investimentos. Também são acompanhadas com atenção pelo capital especulativo, que busca os países que mais pagam oferecendo os menores riscos.

Dentre as economias mais importantes da América Latina, a distância dos juros em relação ao Brasil é ainda maior. O México, por exemplo, está com taxa real de 0%. No Chile, essa taxa está negativa em 3,1%.

Hoje o Copom anuncia como fica a taxa básica Selic. A maioria do mercado projeta que os juros sejam reduzidos em 1 ponto porcentual – de 11,25% para 10,25% anuais.

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