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Elaine Cordeiro tentar encontrar sinal em Antônio Olinto | Josue Teixeira
Elaine Cordeiro tentar encontrar sinal em Antônio Olinto| Foto: Josue Teixeira

O município de Antônio Olinto, com aproximadamente 7,3 mil moradores, vive um dilema à parte. Apesar de já contar com a torre de celular da operadora Claro, o sinal na cidade é praticamente inexistente. Só funciona no centro, o que gera um entrave já que, segundo o Censo de 2010, o município tem o grau de urbanização mais baixo do Paraná: 9%. Apenas 687 pessoas habitam a região central. Quando o aparelho consegue efetuar chamadas, é preciso ser rápido. Logo, o sinal pode cair.

Na região rural, o celular funciona apenas se o aparelho conseguir captar algum sinal das cidades mais próximas. Quando isso ocorre, quem ‘empresta’ a frequência é o estado vizinho, Santa Catarina.

Quando a estudante Elaine de Paula Cordeiro, de 21 anos, quer usar o telefone celular ela apela para tudo quanto é santo. "O que adianta ter celular e toda hora que a gente precisa não tem sinal? Temos que rezar para conseguir fazer uma ligação. O sinal oscila muito", afirma.

O empresário Giovani Schafauser, de 47 anos, concorda com Elaine. "O sinal aqui é muito ruim. No centro tem dias que pega bem, mas tem dias que não pega de forma alguma. Agora se andar um quilômetro sentido a zona rural, o sinal desaparece por completo. O pior que é a maioria das pessoas mora em propriedades agrícolas", relata.

Uma das raras revendedoras de créditos de celular na localidade, a empresária Margarete Bernardin, de 45 anos, concorda que a cidade está praticamente esquecida pelas operadoras. Segundo ela, grande parte da população já tem um aparelho na esperança de o sinal funcionar perfeitamente em breve. "Já fizemos até abaixo-assinado para que isso seja resolvido logo. É muito ruim as pessoas ficarem sem celular hoje em dia. Para fazer qualquer negócio o celular tornou-se essencial. Chega a ser até mais vantajoso ter um aparelho móvel do que um fixo", destaca.

O pedreiro Nicolau Burak, aos 68 anos, lamenta que o aparelho não funcione da forma que desejaria. "A gente tem que fazer uns malabarismos para conseguir sinal. Subir nos lugares mais altos da cidade, além de torcer", lamenta. A professora e mãe de uma menina de um ano e meio Isabel Mayer conta que já aconteceu de um dia precisar do celular para cuidados médicos da criança. "Mas não consegui sinal. A gente estava na chácara e eu não sabia o que fazer. É muito complicado depender da ‘boa vontade da torre’", reclama.

Em nota, a operadora Claro informa que realmente o sinal no município de Antonio Olinto "encontra-se em fase de testes" e que deve ser liberado dentro de poucas semanas. A assessoria da empresa ainda afirma que pretende levar a cobertura a todas as localidades do estado.

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