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A possibilidade de cortar custos com aluguel de máquinas de cartão ainda não despertou o interesse maciço dos lojistas para a unificação dos terminais. A maior parte dos comerciantes varejistas ouvidos pela reportagem relata estar aguardando mais informações sobre a mudança no posicionamento das adquirentes antes de decidir pela contratação de um único serviço.

O empresário Osvaldo Avelino da Silva, proprietário de um salão de beleza e uma loja de produtos para cabeleireiros no Centro de Curitiba, passou a manter apenas uma máquina de cartão de crédito em cada loja, mas continua cliente tanto da Cielo quanto da Redecard. "Durante um ano, vou testar os dois serviços para ver com qual me adapto melhor", diz. Antes da regulamentação, Osvaldo pagava em cada loja um total de R$ 300 por mês pelo aluguel das máquinas Cielo, Redecard e Hipercard.

Embora tenha negociado com as adquirentes isenção da taxa de aluguel por um ano no novo contrato, o empresário reclama que as ofertas das duas concorrentes foram muito semelhantes entre si. "Tanto a Cielo quanto a Redecard ofereceram as mesmas condições, não negociáveis: um ano de isenção no aluguel e taxa de administração de 2,4% do valor da venda a débito, que antes estava em 2,5%".

A varejista Nilda de Fátima Ribeiro, no entanto, preferiu manter os dois terminais em sua loja de roupas. Ela teme perder vendas caso ocorra tenha apenas uma máquina e ocorram problemas técnicos. "No fim do ano passado, o sistema da Redecard sofreu uma pane durante as vendas de Natal. Por isso prefiro, ao menos por enquanto, manter minhas máquinas", explica.

Apesar disso, ela relata ter conseguido negociar contratos mais baratos. "Procurei as empresas e consegui algumas vantagens. O valor mensal do aluguel da Cielo passou de R$ 84 para R$ 30. A Redecard manteve o preço em R$ 45 por mês, mas ofereceu uma série de descontos ao longo do contrato. Para mim ainda é vantagem manter as duas", avalia.

Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, os varejistas que renegociaram seus contratos têm conseguido descontos de até 35% em relação ao valor antigo. Apesar disso, a instituição estima que 70% dos lojistas ainda não saibam que já é possível manter apenas uma máquina no estabelecimento. (OT)

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