Pirataria
Comércio ilegal cresce 30% na data
Não importa a idade. Filho que presenteia a mãe com produto pirata no Dia das Mães merece no mínimo um puxão de orelha ou, então, um mês de castigo. E não são poucos os dispostos a passar por esse tipo de constrangimento no próximo dia 9. De acordo com o Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU), de Curitiba, o movimento do comércio ilegal cresce 30% na cidade com a proximidade da data. Dentre os produtos falsificados mais procurados no Dia das Mães estão CDs e DVDs, perfumes e óculos escuros.
"A pirataria mostra sua força em épocas comemorativas", diz o gerente de Planejamento do departamento de Fiscalização da SMU, Élcio Guilherme Cooper. "É preciso entender que esse tipo de comércio atrapalha a economia e alimenta o crime organizado. Além disso, os produtos podem até prejudicar a saúde do consumidor, pois são fabricados sem fiscalização. Presentear a mãe com pirataria é, no mínimo, uma atitude de mau gosto", alerta.
Para combater a pirataria, a Secretaria Municipal do Urbanismo tem intensificado o trabalho de fiscalização. Seis equipes de fiscais têm percorrido a cidade em busca de mercadorias piratas e produtos vendidos sem autorização.
De janeiro a abril de 2010, as equipes apreenderam 82.676 unidades de mercadorias piratas. O número é 28% maior que no mesmo período de 2009, quando foram apreendidas 64.696 unidades. Neste ano, até o momento foram apreendidos 67.467 DVDs, 12.401 CDs e 2.253 carteiras de cigarros. Os bairros com maior incidência de apreensão de produtos piratas são Sítio Cercado, Pinheirinho, Santa Felicidade e Centro. (ACN)
Após o Dia das Mães que ficou marcado pelas "lembrancinhas" em 2009, a retomada da economia anima o comércio para a data deste ano. A expectativa é de crescimento entre 12% e 15% nas vendas em relação ao ano anterior. Em 2009, por causa da crise, a data considerada a segunda mais importante para o varejo, atrás apenas do Natal , teve seu pior resultado dos últimos sete anos, com crescimento de 1,9% na comparação com 2008.
A recuperação econômica trouxe de volta o otimismo dos lojistas, as promoções com prêmios caros e os consumidores dispostos a gastar. De acordo com pesquisa do Instituto Datacenso, encomendada pela Associação Comercial do Paraná (ACP), o valor médio do presente neste ano será de R$ 127,47, contra R$ 110 do ano passado, representando um aumento de 15%. Para o volume de vendas, a entidade espera uma alta de 12% no comércio de Curitiba. "Percebemos que a economia está mais aquecida, com o aumento de emprego e mais renda, o que motiva o consumo", avalia o diretor-executivo do Instituto Datacenso, Cláudio Shimoyama.
A pesquisa mostra o otimismo de 57% dos lojistas, que esperam vender mais do que no mesmo período do ano passado. Do lado dos consumidores, o levantamento indicou que 37,5% dos ouvidos afirmaram que vão gastar mais com presentes neste ano.
Ainda de acordo com o levantamento, as roupas são o presente predileto do curitibano para homenagear as mães, com 33% da preferência dos entrevistados, seguidas dos perfumes, com 11%, e flores e plantas, com 9%.
O sorteio de carros, tipo de promoção deixada de lado durante a crise, voltou com força, e foi a estratégia adotada por seis shoppings da capital. "Neste ano optamos pela promoção de sorteio de um Kia Sportage. Fazia tempo que o Curitiba não trazia uma promoção com sorteio de carro. Em 2009, diante das incertezas com a crise, optamos por campanhas institucionais. Neste ano ampliamos o investimento e [os lojistas] estão empolgados com o movimento", diz a gerente de marketing do Shopping Curitiba, Paola Noguchi. Cada R$ 300 em notas fiscais de compras realizadas no shopping poderá ser trocado por cupons para concorrer ao carro.
A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) também espera um movimento 15% superior ao do ano passado. A entidade aposta que o fator Copa do Mundo deve contribuir para o resultado, com o aumento na venda de televisores de tela plana.
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