A segunda audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, realizada ontem na Assembléia Legislativa, terminou sem resultados práticos para os produtores paranaenses. O relatório preliminar do trabalho da comissão deve estar pronto na semana que vem apenas sugerindo um acordo entre as entidades envolvidas na questão. "É importante que sejam feitas visitas às propriedades sob suspeita. Se não for comprovada a existência da aftosa podemos pedir que uma comissão da Organização Mundial de Saúde Animal venha ao Paraná", disse o deputado federal Aberlado Lupion (PFL-PR), presidente da comissão.
A comissão ouviu representantes do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), de entidades representativas da cadeia produtiva e especialistas, com o objetivo de esclarecer se há aftosa no estado. Uma audiência semelhante foi realizada na terça-feira em Brasília.
O vice-governador e secretário de Agricultura e Abastecimento, Orlando Pessuti, voltou a admitir a possibilidade de sacrifício dos animais da Fazenda Cachoeira, foco de aftosa segundo o ministério. A secretaria vai esperar até a próxima semana para tomar a decisão. Para o secretário, é importante esperar o relatório da comissão, o retorno de autoridades brasileiras que estão na Europa e o posicionamento dos setores envolvidos. Apesar de admitir o sacrifício, o secretário sinalizou que a decisão mais provável é o abate sanitário dos animais. Nesse caso o estado poderia reconquistar o status de área livre de aftosa em 18 meses.
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