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Genebra – O Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu pediu ontem o "embargo total e imediato" das carnes brasileiras na Europa. Em uma sessão dedicada ao produto do Brasil, o presidente do comitê, o inglês Neil Paraish, estimou que a maioria dos deputados se declarou favorável ao embargo e, portanto, a medida precisava ser aplicada. A Comissão Européia – braço executivo do grupo – afirmou que enviará novas missões de veterinários para avaliar as condições fitossanitárias da carne brasileira nos próximos meses, mas se recusou a aceitar a idéia de impor, por enquanto, o embargo pedido pelos deputados.

"Não tomaremos uma decisão com base no Parlamento, mas sim nas evidências e nos fatos", disse um funcionário de alto escalão da Comissão. O Parlamento não tem poder de impor sanções ou embargos, mas a decisão de ontem tem "um importante impacto político", segundo avaliação da Comissão.

Durante a sessão, considerada tensa, deputados e lobistas ligados aos produtores da Europa apresentaram as conclusões de uma investigação em que tentam provar que as condições da carne bovina brasileira são inadequadas.

Apesar do recado político, o departamento de veterinários da Comissão, único com poder de impor um embargo, mantém sua posição de defesa da carne brasileira. Bruxelas, porém, deixa claro que, se até o fim do ano o Brasil não implementar novas recomendações, um embargo poderia ser avaliado.

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