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 | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Infelizmente, fraude é um tema comum nas empresas brasileiras. Como saber se seu negócio está vulnerável a um desvio financeiro? De mais de mil empresas entrevistadas no país, uma das maiores empresas brasileiras de auditoria concluiu que 70% já sofreram fraude nos últimos dois anos. Além disso, 50% das empresas acreditam que a fraude no Brasil poderá aumentar nos próximos dois anos. Será que seu negócio pode entrar nessa estatística sofrendo um desvio financeiro?

A Association of Certified Fraud Examiners (ACFE) realizou um estudo baseado na compilação de 1.843 casos de fraudes ocorridos em empresas norte-americanas. As análises foram realizadas em diversos segmentos, dentre eles, varejo, bancos e serviços financeiros, governo, educação, transporte etc, em que a média mensurada de perda por fraude cometida foi de US$ 160 mil.

Essas fraudes são categorizadas, segundo a “Árvore da Fraude”, como Corrupção, Demonstrações Fraudulentas e Apropriação Indevida de Recursos. Atualmente no Brasil, muito se fala de corrupção, assunto polêmico e necessário, principalmente considerando o atual cenário. Mas, com esse foco, é possível que exista uma miopia sobre as outras formas de fraude. Considerando o tema de Finanças, queremos tratar principalmente do “tema ácido” de Apropriação Indevida de Recursos, ou seja, o desvio financeiro.

Não podemos cair no pensamento ingênuo de que “as pragas estão apenas no jardim do vizinho”

Digo que é um “tema ácido” porque o empreendedor, na maioria das vezes, nem sequer se permite pensar sobre o assunto. Se o fizer, precisará inevitavelmente considerar a possibilidade de que uma das pessoas que mais confia em sua empresa pode estar traindo essa confiança. Já ouvi mais de uma centena de vezes, no momento da apresentação de resultado de uma investigação de fraude financeira, a seguinte fala: “justamente ele? quem eu mais confiava?”. Sim! Se você não confiasse nele, não entregaria a “chave do cofre” nas mãos dele.

Apesar disso, não queremos gerar empreendedores paranóicos, que pensam que todos podem estar desviando recursos da empresa e vivem mais como “arapongas” caçando fraudes, perdendo o foco do que realmente sabem fazer (desenvolvimento de produtos, vendas, marketing, etc) e, de quebra, gerando um clima de terrorismo na empresa. Por outro lado, não podemos cair no pensamento ingênuo de que “as pragas estão apenas no jardim do vizinho”.

As Ferramentas de Compliance contribuem para o enfrentamento da fraude. Daí a importância das organizações investirem em um programa complexo de gestão da ética, que deve compreender ações como: a elaboração de código de conduta, o estabelecimento de um sistema de recrutamento centrado na ética, a disponibilização de canal de denúncia, a instituição do comitê de ética, o desenvolvimento de educação contínua e monitoramento de ações de riscos.

Leia o artigo original no site da Endeavor

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