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André Erickson, diretor da Logos, e o sensor de câmara fria: tecnologia a favor da produtividade | Brunno Covello/Gazeta do Povo
André Erickson, diretor da Logos, e o sensor de câmara fria: tecnologia a favor da produtividade| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Samsung

Grandes empresas de tecnologia, como Apple, Microsoft, Google e Intel, têm visto na internet das coisas uma área estratégica para o lançamento de novos serviços e produtos, voltados tanto para empresas quanto para consumidores. Só na última semana a Samsung anunciou a compra de duas startups que desenvolvem produtos e aplicativos para as chamadas casas inteligentes: a Quietside, que distribui aparelhos de ar-condicionado, e a SmartThings, que cria aplicativos permitindo que usuários monitorem, controlem e automatizem aparelhos em casa.

A possibilidade de implantar sensores nos mais variados objetos para capturar e emitir informação, dotando de "inteligência" celulares, relógios, veículos e eletrodomésticos, transformou-se em um filão de negócios promissor não apenas para as gigantes de tecnologia, mas também para pequenas empresas, criadas em meio ao boom dos smartphones e do surgimento da chamada internet das coisas. A curitibana Logos Inovação e Tecnologia é uma das que tem surfado nesta onda, apostando em serviços voltados ao mundo corporativo.

A empresa de tecnologia, instalada em um casarão antigo na Alameda Princesa Izabel, no bairro Mercês, desenvolve sensores, softwares e aplicativos que permitem o monitoramento a distância, em tempo real, de frotas de veículos, equipes de campo, mercadorias e maquinários. Hoje, são mais de 8 mil equipamentos ativos implantados pela Logos em diferentes setores, como logística, saúde, construção civil e alimentação.

O carro-chefe da empresa é o serviço de monitoramento e controle de câmaras frias. Sensores instalados em laboratórios farmacêuticos, caminhões frigoríficos, adegas e supermercados passam em tempo real informações sobre temperatura e umidade nestes locais, avisando sobre oscilações que possam prejudicar o conteúdo armazenado e permitindo que transportadoras comprovem, por exemplo, que a carga foi transportada e entregue nas condições ideais.

Entre os clientes que utilizam o serviço estão a Dasa, que trabalha com diagnósticos e vacinas, e a Feliana, distribuidora que representa a Nestlé. As informações podem ser acessadas pelo computador ou smartphone e também são monitoradas por uma central de atendimento 24 horas da Logos. Caso o sistema capte alterações drásticas na temperatura ou umidade, o cliente é avisado por telefone, ligação ou SMS. A ideia é evitar sustos desnecessários, como o do mercadista que descobre só na manhã seguinte que seus refrigeradores ficaram desligados a madrugada inteira por uma queda na energia.

Impulso

Criada há quatro anos, a Logos tem 25 funcionários e registrou no ano passado um faturamento de R$ 4 milhões – a previsão é que a cifra aumente 25% neste ano. Há três meses, a empresa abriu um escritório em São Paulo para prospectar novos clientes e diversificar a área de atuação.

Para o diretor operacional da Logos, André Erickson, a expectativa é de popularização em curto prazo das tecnologias ligadas à internet das coisas, mesmo em um cenário de desaceleração que tem freado investimentos dos empresários. "Cada vez mais estão ficando claras as diversas possibilidades destas tecnologias. O crescimento do mercado é exponencial. A crise na economia é mais uma oportunidade para nós do que outra coisa, porque é um momento de se reduzir custos e melhorar a produtividade", afirma.

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