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O grupo brasileiro Moura, que fornece baterias para 50% do mercado automotivo argentino, pretende até 2015 ter 100% de sua produção feita na fábrica de Pilar, no Estado de Buenos Aires. A previsão é que a empresa pernambucana, que tem faturamento de US$ 1 bilhão, passe de 300 mil baterias produzidas em 2013 para 1 milhão daqui a um ano.

O grupo, líder no mercado brasileiro de reposição, está há 16 anos na Argentina e investiu US$ 38 milhões para se instalar em 2012 no parque industrial de Pilar."Não fazia sentido não ter uma fábrica aqui. Vamos deixar de importar as baterias do Brasil e nossa produção local também passará a ser exportada para Uruguai, Paraguai e Chile, por uma questão de logística", diz a diretora-executiva da Moura na Argentina, Elisa Correia.

Correia revelou nesta quinta-feira (28) os planos da Moura durante um encontro do Grupo Brasil, de empresas que investem na Argentina, na Embaixada do Brasil. Segundo a executiva, as barreiras de importação impostas pelo governo argentino nos últimos três anos "podem ter ajudado a acelerar o processo".

O balanço da produção da Moura na Argentina, diz a diretora, é neutro. "Mas há um pouco de desvantagem porque aqui a nossa escala é menor e a mão de obra é mais cara", afirma.

Acerto Com a Repsol

O governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, foi o principal palestrante do encontro promovido pelo Grupo Brasil na capital argentina.

O político evitou comentar as mudanças na equipe econômica da Casa Rosada, com a chegada do novo ministro da Economia, Axel Kicillof, e a saída do polêmico secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno. Mas disse que o acordo de indenização do país com a espanhola Repsol, aprovado ontem, "mostra a vontade da Argentina de solucionar as coisas".

A petroleira receberá US$ 5 bilhões do governo argentino pela expropriação da YPF em 2012, já que ela detinha 51% das ações da empresa. "Essas últimas decisões geram previsibilidade e confiança para se investir no país", afirmou Scioli.

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