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As operações de home broker – sistema de compra e venda de ações pela internet – bateram dois recordes em janeiro: chegaram a 21,1% do volume financeiro do mercado e 34,7% do número de negócios na BM&FBovespa. E a tendência é que os números continuem crescendo. Nos próximos cinco anos, a estimativa da bolsa é de que o número de cadastrados passe de 500 mil para 5 milhões. Investidores que as corretoras pretendem disputar com afinco, em uma briga de preços e serviços.

"Os preços de corretagem já caíram bastante. A tendência é que eles fiquem muito parecidos. Então, as operadoras vão ter que se diferenciar pelos serviços que oferecem", avalia a diretora da Link Trade, Mônica Saccarelli. Pensando nisso, o home broker da Link passa a oferecer neste mês uma espécie de apoio psicológico para seus clientes – o chat com uma psicóloga vai acontecer, a princípio, a cada 15 dias. "Percebemos que há uma dificuldade grande dos investidores de trabalhar com o lado emocional, principalmente na hora de vender os papéis. E também que eles têm uma necessidade grande de trocar experiências. Então, será uma espécie de terapia de grupo", diz.

Desde o início da operação, há cerca de dois anos, o home broker já oferece chats diários sobre análise técnica e outros semanais, com temas variados. Mais recentemente, a Link passou a fazer parte do programa de fidelidade Multiplus – a cada ordem de serviço o cliente acumula 10 pontos. A corretagem para o mercado à vista custa hoje R$ 9,80 por ordem.

O diretor de marketing e serviços da Win Trade, home broker da corretora Alpes, Roberto Lee, diz que o foco da empresa é investir em qualidade de informação nos canais eletrônicos, e não competir em preços. A Win tem uma das taxas mais altas do mercado – R$ 20 por ordem. "Uma corretagem barata é importante para quem tem um giro muito grande na carteira. E esse não é o nosso perfil de cliente." O foco do home broker, diz, está nos investidores que pretendem fazer poupança. "Na sua maioria, são pessoas que migraram da renda variável com pouco apetite para o risco, mas não pretendem ficar de olho o dia inteiro na bolsa, fazendo operações."

Preço

Dona da taxa de corretagem mais barata hoje no mercado – R$ 5 por ordem – a TOV Corretora segue na guerra de preços, mas também encorpa seus serviços. O home broker está lançando uma nova plataforma, a TOV Trader, com custo de R$ 70 por mês, voltada para investidores mais sofisticados. E quem gastar mais de R$ 1 mil em corretagem, ou seja, 200 operações, fica isento.

Para o gerente de canais eletrônicos da TOV, André Jorge, o principal benefício da plataforma é o acesso a diversas ferramentas. "Será um grande passo para o investidor que quer se profissionalizar. Ele terá acesso a análises gráficas, fundamentalistas, cotações e todas as ferramentas para que opere como um profissional." Outra novidade é o desconto de 50% para aposentados. Hoje eles pagam taxa de corretagem de R$ 2,50. A estratégia agressiva de preços vem dando resultado: o home broker passou do 29º lugar em meados de 2008 para o terceiro no atendimento de pessoas físicas.

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