Uma série de fatores contribuiu para a queda de 1,0% na produção da indústria na passagem de agosto para setembro. O recuo na produção ocorreu após três altas consecutivas na produção. "Não podemos fugir das evidências de que setembro foi marcado por um ritmo menor da produção industrial", disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A antecipação de compras de automóveis em agosto, diante da previsão do fim da redução do IPI previsto inicialmente para aquele mês e que acabou sendo prorrogado até o final deste ano, foi um dos fatores que influenciaram o resultado final.
Houve, no entanto, queda generalizada na produção em setembro, atingindo 16 das 27 atividades pesquisadas, com destaque para as perdas no segmento de máquinas e equipamentos (-4,8%), outros produtos químicos (-3,2%), alimentos (-1,9%), perfumaria (-10 0%), fumo (-11,7%), indústrias extrativas (-1,6%), bebidas (-2 2%) e veículos automotores (-0,7%).
Apesar de reconhecer a queda no dinamismo da produção, Macedo destacou que o efeito calendário teve um peso importante no indicador, uma vez que agosto teve 23 dias úteis e setembro, apenas 19. Embora o cálculo tenha um ajuste para amortecer as desigualdades entre os meses, a diferença de dias entre agosto e setembro, de acordo com a série histórica, era, em média, de 1,5 dia."Agora foram quatro dias úteis e essa diferença em relação ao padrão histórico pode dar alguma influência", explicou Macedo.
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