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Um ciclo 11,3% maior. A perspectiva foi confirmada em janeiro pelas colheitadeiras flagradas pela Expedição Safra | Christian Rizzi/ Gazeta do Povo
Um ciclo 11,3% maior. A perspectiva foi confirmada em janeiro pelas colheitadeiras flagradas pela Expedição Safra| Foto: Christian Rizzi/ Gazeta do Povo

O levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado ontem, confirma safra de grãos recorde no Brasil. De acordo com a entidade, o país vai colher 185 milhões de toneladas, crescimento de 11,3% em relação à temporada passada. O índice veio em linha com o número obtido pela Expedição Safra Gazeta do Povo desde setembro do ano passado. Depois de rodar mais de 25 mil quilômetros durante o plantio, as equipes de técnicos e jornalistas voltaram a campo em janeiro para percorrer novamente os principais estados produtores. A Expedição confere in loco o tamanho da colheita até a primeira quinzena de março. Em seguida, lança uma nova projeção.

A produção de soja apontada pela Conab é de 83,42 milhões de toneladas. Já a colheita do milho deve somar 35,1 milhões de toneladas. O principal destaque do levantamento fica para a projeção da segunda safra do cereal, cultivada durante o inverno, que apresentou aumento de 4,6%. A produção deve saltar de 39,1 para 40,9 milhões de toneladas. Juntas, as duas safras de milho devem chegar aos 76 milhões de toneladas.

"Essa mudança é imprevista. A expectativa era de 71 milhões de toneladas de milho e pulou para 76, resultado da área maior que no ano passado e dos bons preços do cereal", explica Eugênio Stefanello, especialista da Conab no Paraná.

Os principais aumentos da lavoura de milho ocorrerão no Mato Grosso (20%), que plantará três milhões de hectares. No Paraná, o crescimento da área de cereal está previsto em 2,7%, chegando aos 2,08 milhões de hectares – na temporada passada foram 2,02 milhões de hectares.

Preços

Segundo Stefanello, o aumento da oferta de milho tende a desvalorizar a commodity. "O consumo interno de milho está estimado em 52 milhões toneladas, o que sobraria 24 milhões de toneladas. Como os Estados Unidos vão plantar a maior área de milho da história, será muito difícil o Brasil repetir o índice de exportação do ano passado", ressalta o técnico da Conab. "Pode ocorrer de chegarmos em outubro com o milho a preço mínimo."

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