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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou para o próximo dia 29 o primeiro leilão para subvencionar o escoamento de 182 mil toneladas de trigo da safra 2009/2010, dos quais 160 mil toneladas são cultivadas no Paraná. A novidade para este Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) é que metade da produção paranaense (80 mil toneladas) poderá ser vendida para qualquer destino, inclusive o próprio Paraná, ou até mesmo para exportação. As outras 80 mil toneladas do cereal têm o destino pré-fixado, como nos outros PEPs, os moageiros do Norte e Nordeste brasileiros.

A subvenção de escoamento é destinada a indústrias moageiras e comerciantes de cereais que, em contrapartida, devem pagar aos agricultores o preço mínimo estipulado pelo governo. Os valores dos prêmios dependem do destino da venda, e devem ser divulgados em edital até o início da próxima semana, no site da Conab.

De acordo com o técnico da Conab Eugênio Stefanelo, o segundo leilão já prevê subvenções para escoamento de 314 mil toneladas, e a partir do terceiro leilão a oferta será ajustada de acordo com a demanda. A programação da Companhia é realizar oito leilões semanais em 2009 e quatro leilões em 2010, totalizando até 3,6 milhões de toneladas de trigo beneficiados pelo PEP, o que representa cerca de 70% da safra nacional. Segundo o último levantamento da Conab, o Paraná responde por 53% da produção, e o Rio Grande do Sul com 34%.

Qualidade

A notícia do apoio à comercialização do trigo seria melhor se não fosse a quebra da safra somada à qualidade ruim que o produto está apresentando, em decorrência das fortes chuvas que atingem o campo nos últimos meses. Para poder ser beneficiado pelo PEP e receber o subsídio de escoamento, o comprador precisa pagar o preço mínimo que varia de R$ 21 a R$ 33 por saca, de acordo com a qualidade do grão. O preço estipulado pelo governo é de R$ 550 por tonelada do melhor grão, mas a cotação de mercado hoje é de R$ 480 a tonelada.

A previsão inicial era colher no Paraná 3,4 milhões de toneladas do cereal, mas as perspectivas atuais são de 2,5 milhões de toneladas. Desse total, segundo Ste­­fanelo, 1 milhão de tonelada (ou 40%) deve ser de baixa qualidade – chamado de "triguilho", o produto não pertence a nenhuma classe e é extremamente desvalorizado ao ser vendido como ração animal.

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