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A chegada de veículos produzidos por montadoras asiáticas, especialmente as chinesas, pode gerar uma nova onda de demissões no setor automotivo brasileiro. A análise é de um dos principais executivos do setor no país. Ray Young, presidente da General Motors do Brasil, afirmou hoje que o problema da VolksWagen é especial, mas as montadoras brasileiras devem se reestruturar para competir com os veículos produzidos na Ásia.

— Acho que a Volks tem um problema especial, único, mas é claro que no futuro com a chegada dos concorrentes chineses, asiáticos toda nossa indústria precisa tomar ações para reduzir nosso custo e assegurar competitividade — disse Ray.

O executivo afirma que existem rumores que uma montadora chinesa tem planos de vender um carro com preço de R$ 20 mil no Brasil. Para ele, isto representa uma grande vantagem de custo da China em relação às montadoras brasileiras e que, baseado na experiência da GM no país asiático, este custo deve reduzir ainda mais no futuro.

— Nós precisamos analisar nosso processo de produção para assegurar um conceito de lean production (enxugamento). Precisamos analisar custos de logística, componentes e peças para nossos carros. Efetivamente nós precisamos analisar nosso dial team (equipe) para reduzir todos os nossos custos e assegurar competitividade — disse.

Segundo Ray, a GM já iniciou o processo de reestruturação da empresa no Brasil.

— Nós reduzimos um turno de produção em nossa fábrica em São José dos Campos. Terminamos o processo no fim de julho e praticamente 900 pessoas sairam da empresa — assinalou.

Para ele, somente o aumento do consumo no mercado interno deve preservar os empregos no setor e que para haver este aumento é necessário que o país cresça, no mínimo, 5% ao ano durante cinco anos.

— Para preservar empregos no Brasil, com este nível da taxa de câmbio, nós precisamos crescer o mercado interno significativamente. O crescimento do PIB em 5% é fundamental para manter empregos na indústria automotiva_ concluiu o executivo — acrescentou.

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