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Passar em um concurso público não é uma tarefa fácil, tanto que hoje em dia grande parte dos aprovados se preparam exaustivamente por anos seguidos até conseguir o sucesso. Que o diga Vitor Casimiro, graduado em Comunicação Social, que está tentando há dois anos passar em vários concursos diferentes da área fiscal. "Já fui aprovado em vários, mas não havia vagas suficientes", lamenta. Ele já passou em um concurso para jornalista da Copel, mas ficou em quinto lugar, quando havia apenas duas vagas disponíveis.

Agora, Casimiro está apenas se dedicando a estudar, sem trabalhar há quase um ano. "Eu vi que não queria um emprego, mas sim uma carreira e acho que só no serviço público vou encontrá-la. Também sempre quis trabalhar em organizações-não-governamentais ou políticas públicas e estive envolvido com trabalhos sociais", justifica. Além disso, ele acredita que o trabalho no setor público permite uma maior divisão entre vida profissional e vida privada. "Eu senti que cada vez mais não teria tempo para mim mesmo, ou para os filhos, enfim, para a vida privada, por isso decidi não insistir mais", conta.

Casimiro acha que é quase uma obrigação fazer um curso preparatório para passar em um concurso público. "Cada concurso tem uma banca examinadora diferente e você precisa se adaptar a ela, além disso existe muito conteúdo para aprender. Somente para o concurso da Receita Federal eu precisei aprender quase 12 disciplinas que não sabia nada", explica. Tanta dificuldade faz os candidatos estudarem muito e se preparem cada vez mais. Alguns chegam a estudar oito horas por dia, garante Casimiro.

Disciplina

Quem não larga o emprego para se preparar precisa achar tempo do jeito que for. O administrador de empresas José Luiz Queiroz acorda às 6 horas da manhã e estuda até as 8h, para depois ir ao trabalho. Depois do expediente, à noite, ele vai a um curso preparatório estudar mais. "Eu procuro estabilidade para ter tranqüilidade em fazer outras coisas, como estudar uma língua e entrar em outra faculdade, que são os meus objetivos. Pelo lado financeiro também é atraente, já que alguns cargos oferecem salários de 4, 5 ou 6 mil reais, o que na iniciativa privada eu ia levar uns 10 ou 15 anos para conseguir", justifica.

Queiroz está fazendo um concurso atrás do outro e já foi aprovado em um de nível médio para o Tribunal de Justiça. Em março ele assume seu cargo, mas vai continuar tentando passar em uma vaga de nível superior. "Não é difícil. É uma questão de persistência e dedicação. Se você se dedicar bastante por dois anos, acho impossível não passar em algum concurso", conta.

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