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Herminio de Freitas, presidente da Providência, em foto de 2008: executivo continuará no comando da companhia paranaense. | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo
Herminio de Freitas, presidente da Providência, em foto de 2008: executivo continuará no comando da companhia paranaense.| Foto: Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo

Linha do tempo

Conheça a história da Companhia Providência:

1963 - O casal Milan e Ana Starostik fundam a companhia, que então produz embalagens plásticas para a indústria de alimentos.

1978 - A empresa inicia a produção de tubos e conexões em PVC.

1988 - Compra sua primeira linha de produção de fabricação de não tecidos.

1996 - Passa a atuar no fornecimento de matéria-prima para a indústria de descartáveis higiênicos.

1997 - Estende seus negócios para as Américas do Sul e Central.

2002 - Consolida-se como a maior fabricante de não tecidos na América Latina.

2005 - Passa a operar dois depósitos de distribuição nos Estados Unidos.

2006 - Em outubro, os Starostik vendem a Providência para um grupo de fundos de investimento.

2007 - A Providência compra a Isofilme, de Pouso Alegre (MG).

2007 - A empresa abre seu capital na Bovespa.

2011 - Inaugura fábrica em Statesville, no estado norte-americano da Carolina do Norte, que recebeu investimentos de US$ 80 milhões.

2014 - Fundos de investimento vendem de 71,25% das ações da Providência para a norte-americana Polymer Group Inc (PGI). O valor do negócio foi de R$ 556 milhões.

Pouco depois de completar 50 anos, a Companhia Providência – que tem sede em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba – trocou de dono. A empresa fundada em 1963 foi vendida à norte-americana Polymer Group Inc (PGI) e sua subsidiária PGI Polímeros do Brasil por cerca de R$ 556 milhões.

INFOGRÁFICO: Companhia Providência negociou 71, 25% das ações

O negócio foi informado em fato relevante publicado ontem pela empresa paranaense, que fabrica "não tecidos" (usados na fabricação de descartáveis higiênicos de uso pessoal e hospitalares) e pertencia a um grupo de fundos de investimento.

O valor da transação tem como base o preço de R$ 9,75 por ação, valor 38% maior que os R$ 7,07 negociados no início do pregão de ontem. O anúncio fez dispararem as cotações da companhia na BM&F Bovespa, que fecharam o pregão valendo R$ 8,50, com valorização de 20%.

As pouco mais de 57 milhões de ações vendidas correspondem a 71,25% do capital da Companhia Providência. Os 28,75% restantes são negociados na Bolsa de Valores. O fato relevante informa que a PGI assumiu a obrigação de, após o fechamento da operação, realizar uma oferta pública para comprar os papéis negociados no mercado acionário.

Compra estratégica

Em comunicado à imprensa divulgado pela PGI, a empresa informou que a aquisição "acelera ainda mais a estratégia de crescimento global da PGI, aumentando a sua presença no Brasil, região atraente e de alto crescimento".

A companhia informou também que a compra vai ampliar a capacidade da empresa na América do Norte – a Providência tem uma fábrica nos Estados Unidos – e oferecer um leque mais diversificado aos clientes da América Latina. Isso pode indicar que, ao menos em um primeiro momento, não deve haver grandes mudanças na rotina da unidade paranaense, que emprega 665 funcionários – três quartos do quadro geral da empresa.

Apesar da venda, o comunicado informa que o presidente da Providência, Herminio de Freitas, continua à frente da companhia e se junta à equipe de liderança da PGI. J. Joel Hackney, CEO da PGI, informou que a aquisição da companhia paranaense complementa a produção da norte-americana. "A natureza complementar de nossos negócios e os relacionamentos estabelecidos pela Providência com seus clientes tornam a aquisição um ajuste perfeito para juntá-la a nossa família", explica.

O negócio será acertado em três parcelas, segundo divulgado em fato relevante. A de maior valor, R$ 430 milhões, será paga no fechamento da operação. Outra parcela, de R$ 18 milhões, será depositada também no fechamento da operação, em uma conta de movimentação restrita, "para garantir a implementação de determinadas obrigações de indenizar assumidas pelos acionistas vendedores frente a PGI Brasil", caso o termo de compra e venda não se concretize. Os demais R$ 107 milhões serão pagos aos acionistas em situações definidas em contrato – o detalhamento dessas informações não constava do fato relevante.

O documento informa ainda que a obrigação de pagamento dos R$ 107 milhões está garantido pela Blackstone, consultoria que faz gestão de ativos. O fato relevante afirma também que o fechamento da operação depende ainda da aprovação prévia das autoridades de defesa da concorrência tanto no Brasil quanto nos EUA.

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