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Gravataí (RS) – Apesar de ver na importação de pneus usados uma ameaça para o desenvolvimento do mercado brasileiro, a multinacional italiana Pirelli ainda não revisou seus investimentos por conta dessa concorrência. A empresa, que inaugurou ontem uma nova unidade em Gravataí, no Rio Grande do Sul, pretende manter a média de recursos aplicados no Brasil nos últimos anos, de US$ 100 milhões por ano.

Os principais executivos da Pirelli no país dizem confiar na posição assumida pelo governo federal, contrária à entrada de usados. "O projeto que autoriza a importação não é de interesse da indústria instalada no Brasil e nem do meio ambiente", afirma Carlos Redondo, superintendente da Pirelli Pneus para a América Latina. Segundo ele, os investimentos da companhia não foram influenciados pela concorrência de importados porque o setor acha que o Executivo agirá para evitar a liberação.

A unidade inaugurada ontem é fruto de um investimento de R$ 116 milhões e produzirá 1 mil pneus para caminhões e ônibus por dia – volume que elevará para 8 mil unidades por dia a capacidade da empresa instalada no Brasil nesse segmento. Entre 70% e 80% da produção se direcionará para o consumidor brasileiro.

Com isso, o país se firma como o maior mercado para a marca italiana em todo o mundo e uma importante plataforma de exportações. Os embarques, que chegaram a R$ 1 bilhão no ano passado (cerca de um terço do faturamento) continuam nos planos da Pirelli, apesar da queda do dólar. "Fizemos projeções com um câmbio diferente, mas ainda é possível obter retorno com a cotação atual", disse o presidente da Pirelli Brasil, Giorgio della Seta, durante a inauguração.

A meta da multinacional é crescer entre 9% e 10% neste ano. Em 2005, seu faturamento no Brasil aumentou 7% e chegou a R$ 3 bilhões.

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