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Quando o novato vai bem

De vez em quando pode aparecer um funcionário temporário tão bom que o líder fica com vontade de contratá-lo. Por isso, profissionais que já estão trabalhando devem ficar atentos ao desempenho de seus colegas recém-chegados. Esta é a opinião do professor Flávio Pereira, da Cérebro & Comunicação. "Existe o risco de ser desligado, sim, porque o emprego não é mais vitalício", diz.

O gerente do Grupo Meta, Luciano Procópio, ameniza o assunto. "É um aspecto, mas não colocaria como alarme, porque o bom profissional sabe que está fazendo um bom trabalho", opina. Para a gerente da Operativa, Anna Elisa Mussi, o gestor deve saber lidar com este aspecto e tomar cuidado para não estimular excessivamente a competição entre seus funcionários.

Motivação

O trabalhador temporário quase sempre está motivado, porque quer conquistar uma posição fixa. Mesmo assim é possível conseguir um desempenho melhor dele.

Trate-o como um funcionário fixo, acompanhe seu dia-a-dia e mostre que ele tem chance de conquistar uma vaga.

Estabelecer metas e oferecer bônus também é uma opção. Além disso, deixe claro que as portas estão abertas para futuras vagas, se a empresa planejar uma expansão no curto prazo.

O funcionário temporário geralmente está bem motivado. Ele quer fazer um bom trabalho para conquistar uma vaga no fim do contrato. Mesmo assim, o gestor tem algumas ferramentas à mão para incentivar o trabalhador e conseguir um resultado ainda melhor. Agir com transparência e tratá-lo como se já fosse contratado são as principais recomendações de quem lida com temporários.

A gerente comercial da Nossa Gestão de Pessoas (cujo foco é a administração de mão-de-obra temporária para outras empresas), Rosana Woellner, afirma que a melhor maneira de incentivar um trabalhador temporário é mostrar que existe possibilidade de efetivação, quando a empresa planeja abrir novas vagas no curto prazo. "A empresa deve dizer que, se ele trabalhar bem, pode conquistar uma vaga e conseguir outros benefícios que só os efetivos têm", diz.

O gestor deve também acompanhar o profissional no dia-a-dia, para treiná-lo. Programas tradicionais de incentivo, como bônus em dinheiro atrelados a metas ou prêmios para os funcionários de destaque, também são indicados, na opinião de Rosana.

São estas recomendações que a empresa Graffo Paranaense de Embalagens segue com seu quadro de pessoal temporário. Segundo a analista de recursos humanos Denise Goedert, o segredo é a transparência. Na hora da contratação, é mostrado ao futuro trabalhador que ele vai ficar por um período determinado, para suprir uma demanda excepcional, mas que ele tem chance de ser contratado, caso a empresa cresça. "Também tratamos ele como quem está efetivado e oferecemos benefícios como vale-transporte, vale-alimentação, seguro de vida e cesta básica", explica.

Denise acrescenta que o temporário participa de treinamentos e programas de integração com os outros funcionários. "Faz parte do código de conduta ética que implantamos neste ano."

O gerente da unidade de Curitiba do Grupo Meta, Luciano Procópio, diz que outra regra é manter o funcionário temporário em constante avaliação, para desenvolvê-lo. "É bom para mostrar que ele está adquirindo conhecimento para levar para outra empresa, se não for contratado", explica. De acordo com Procópio, alguns empregadores oferecem aumento de salário para os que são contratados, como forma de incentivo.

O professor Flávio Pereira, da Cérebro & Comunicação, que faz palestras de motivação, concorda que pode haver um acréscimo no salário ou um presente, mas a empresa também pode oferecer um certificado ao temporário. "Isso mostra comprometimento e pesa no currículo", opina. Novamente, a dica para o gestor é ser transparente e mostrar quantas vagas podem ser criadas. "Envolve a comunicação ética, que é deixar a mensagem de forma transparente."

A gerente de recursos humanos da Operativa, Anna Elisa Mussi, também defende a transparência para incentivar o temporário. "O gestor deve demonstrar que ele pode ser efetivado, ou mesmo quando não pode", diz. Outra maneira de demonstrar que o trabalhador pode fazer carreira na empresa é lembrar que as portas estão abertas. Ou seja, que, mesmo se ele não for contratado agora, pode ser escolhido no futuro, na primeira oportunidade.

Anna compartilha ainda a opinião de que é preciso tratar o funcionário como se estivesse contratado. "A primeira fonte de motivação é tratá-lo como efetivo e não discriminá-lo. Ele deve participar dos treinamentos que a empresa oferecer e ter uma remuneração igual."

Serviço: Nossa Gestão de Pessoas (41) 3306-0029 www.rhnossa.com.br; Grupo Meta (41) 3015-9824 www.grupometa.com; Cérebro & Comunicação (41) 3029-8015 www.cerebroecomunicacao.com.br; Operativa (41) 3225-3823 www.operativa.com.br

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