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Em Londrina, apesar da queda no número de Habite-se emitidos, aumentou o total da área construída | Gilberto Abelha/ Gazeta do Povo
Em Londrina, apesar da queda no número de Habite-se emitidos, aumentou o total da área construída| Foto: Gilberto Abelha/ Gazeta do Povo

Casa própria

Feirão da Caixa deve receber 30 mil pessoas até domingo

Sharon Abdalla, especial para a Gazeta do Povo

O 10.º Feirão Caixa da Casa Própria, que ocorre no Expotrade, em Pinhais, segue até amanhã e traz uma diversidade de produtos para quem deseja conquistar o imóvel dos sonhos com condições especiais de preço e crédito. A estimativa é de que 30 mil pessoas passem pela feira e movimentem R$ 1,8 bilhão, o que representa um crescimento de 15% em relação à edição de 2013.

Para o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Paulo Roberto dos Santos, o feirão é um momento de oportunidade, pois concentra imóveis para atender todos os públicos. "A simplicidade no processo para a abertura do crédito e o fato de 60% das unidades ofertadas se enquadrarem no programa Minha Casa, Minha Vida tornam mais real o sonho de adquirir a casa própria", comenta.

Esses fatores motivaram o açougueiro Eduardo Henrique Siqueira a ser um dos primeiros visitantes do feirão. Há um ano ele mora de aluguel com a esposa e o filho e viu na feira a possibilidade de adquirir o primeiro imóvel. "Um amigo comentou que não é difícil conseguir o crédito, por isso vim estudar as opções. Quero comprar a minha casa para garantir o futuro da família", explica.

Quem visitar a 10.ª edição do feirão irá encontrar uma oferta de mais de 25 mil imóveis localizados em Curitiba e região metropolitana, com início do pagamento das parcelas apenas para janeiro de 2015. O prazo de financiamento é de até 35 anos, e as taxas de juros a partir de 4,5% ao ano.

No total, 44 construtoras e 35 imobiliárias participam do evento.

Serviço

O 10º Feirão Caixa da Casa Própria estará aberto ao público neste sábado das 10 às 21 horas no Expotrade Convention Center – Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, 10.454, Pinhais. Amanhã, a feira abre às 10h e segue até às 18 horas.

Mercado

Para entidades, compra de imóveis segue sendo opção segura de investimento

Embora o aquecimento do mercado imobiliário esteja mais brando, o vice-presidente da regional Norte do Sindicato de Habitação e Condomínio (Secovi), Nestor Dias Correia, avalia que o cenário segue estável. Para ele, o comprador, ao optar por investir em imóveis, sempre terá como retorno o que pagou mais a inflação do período, na pior das hipóteses. "Não é que antes tínhamos imóveis mais caros e agora estão sendo desvalorizados. Os preços que estavam fora é que estão se reajustando", diz.

A velocidade de venda sobre a oferta, salienta Correia, costuma ser maior quando os empreendimentos se destinam a faixas de renda menores. "Nestes casos, a maioria das unidades é vendida ainda na planta", pontua.

O presidente do Sinduscon Oeste, Edson José Vasconcellos, comenta que na região em que atua a maioria dos domicílios atende a faixa de renda mensal de até R$ 2,9 mil. Isso, no entanto, não tem influenciado a oferta. Pelo contrário: são os compradores que se encaixam no que está disponível, conforme suas possibilidades de pagamento e endividamento. "Tem cliente para todas as faixas. Temos a amostragem maior de compradores na faixa de dez a vinte salários. A questão é ter condição de acesso ao crédito. Se isso acabar, aí teremos problemas", afirma. (AL)

Passado o boom imobiliário, a nova fase do mercado de imóveis nas principais cidades do Paraná vem apresentando comportamento retraído. Um indicador deste cenário é a emissão de Habite-se, documento que regulariza as obras na construção civil. De 2011 para 2013, o número de certificações liberadas pelas prefeituras caiu em quatro das cinco maiores cidades do interior do estado. A maior redução observada, de 33%, foi em Ponta Grossa.

INFOGRÁFICO: Veja o índice de redução de Habite-se nos últimos três anos

Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento, em 2011 foram contabilizadas 2.229 regularizações, enquanto no ano passado o montante ficou em 1.624. Na região Oeste, Cascavel teve movimento semelhante. Foram emitidos 1.877 Habite-se em 2013, 24% a menos que em 2011, quando o número chegou a 2.475.

Em Londrina, a redução no período foi de 4%, com 3.415 certificações liberadas no ano passado, contra 3.560 em 2011. Já em Maringá, no Noroeste, a queda no número de Habite-se emitidos nos três anos foi de 19%, passando de 6.759 para 5.409.

Nestas duas últimas cidades, contudo, houve aumento no número total de metros quadrados construídos. Em Londrina, o acréscimo foi de 17% – de 797.900 m² para 935.023 m²; enquanto em Maringá foram 1.1016.538 m² de área no ano passado, contra 940.980 m² em 2011, uma evolução de 8%.

Para o presidente do Sinduscon Norte, Osmar Ceolin Alves, o setor, basicamente, depende da disponibilidade de financiamentos – por isso a oscilação nas construções. "Se o comprador tem facilidade para financiar juros mais baratos, tem-se mais crescimento".

Exceção

No município de Foz do Iguaçu, houve ligeira recuperação. De 968 Habite-se registrados há três anos, 2013 fechou com 990. Um ano antes, a prefeitura havia emitido 1.128 certidões. "Ainda é uma situação favorável porque o preço dos imóveis subiu muito. Para se ter uma ideia, terrenos de 360 metros quadrados, que antes eram vendidos a R$ 8 mil, hoje são comprados na cidade por até R$ 80 mil", relata o servidor Célio Silva, da Divisão de Fiscalização de Obras da Prefeitura de Foz.

O presidente do Sinduscon Oeste, Edson José de Vasconcellos, avalia que, apesar dos números, o mercado da região ainda está "saudável", devido ao índice de construções estar abaixo da taxa de crescimento vegetativo dos municípios. "O que tem que existir é um cuidado para não se lançar mais unidades que a demanda da cidade, para não sobrar muito imóvel", observa.

Ainda assim, completa, quando há oferta em excesso, o excedente tende a ser regularizado nos anos seguintes, quando menos unidades serão lançadas.

Construtoras apostam em médio e alto padrão

Pelo interior, a escolha por lançar unidades de médio e alto padrão tem sido a aposta de construtoras e incorporadoras. É o caso das empresas A. Yoshii e Plaenge, em Londrina. Se somadas, as unidades a serem lançadas por ambas neste ano ultrapassam a marca dos 2,3 mil apartamentos. Junto à construtora Thá, a projeção é entregar 228 empreendimentos no ano que vem. Desde 2010, as três construtoras lançaram na região de Londrina e Maringá cerca de 8 mil unidades.

"Sentimos que o perfil dos visitantes dos plantões está mais maduro. As pessoas nos procuram sabendo o que querem comprar, formas de pagamento, correção de juros. Isso deixa o mercado mais qualificado também", diz a gerente regional da Plaenge em Londrina, Célia Catussi.

Ela observa que o preço médio das construções tem variado de acordo com as características de cada tipo de imóvel. Há desde apartamentos de alto padrão, de apenas um dormitório, na região central, por R$ 250 mil, a imóveis maiores, de médio padrão, por R$ 500 mil.

Segundo o Sinduscon Norte, em Londrina a maior demanda tem sido por apartamentos com até dois dormitórios e 70 metros quadrados.

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