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Os empresários da construção civil têm considerado que o acesso ao crédito está mais difícil, de acordo com pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, o indicador ficou em 46,9 pontos no primeiro trimestre de 2011. Pelos critérios da sondagem, pontuações superiores a 50 pontos mostram expectativa positiva, e números inferiores a esta marca sinalizam retração ou expectativa negativa.

Conforme a CNI, a avaliação negativa foi mais intensa entre as pequenas e médias empresas (45,8 e 45,7, respectivamente), enquanto que as grandes apontaram indicador em 49,4.

Os empresários também se mostraram insatisfeitos com a margem de lucro operacional, com o indicador ficando em 49 pontos no primeiro trimestre, abaixo da linha divisória, e 3,6 pontos inferior ao informado a um ano antes. Esta é a primeira vez desde o início da série da pesquisa que os empresários mostram insatisfação com a margem de lucro. Ao mesmo tempo, a situação financeira é considerada satisfatória entre os empresários (50 8). A pontuação, porém, é a menor da série iniciada no fim de 2009. A piora na avaliação foi mais sentida entre as grandes empresas.

Conforme o levantamento, o alto custo da mão de obra se mostrou um problema cada vez mais crescente entre os empresários do setor. O item foi assinalado na pesquisa por 31% dos empresários ante 27,4% no quarto trimestre de 2010. A preocupação dos empresários com relação ao alto custo da matéria-prima também aumentou, passando de 10,9% para 13,7% no mesmo intervalo. Por outro lado, a falta de matéria-prima, que chegou a ser citada por 11,5% dos empresários no terceiro trimestre de 2010, agora foi citada por apenas 3,5% do entrevistados.

Entre os principais problemas da construção civil, o item que mais cresceu no trimestre foi condições climáticas, que passou de 22,6% para 36,4%. Segundo a CNI, esse item tende a crescer nos primeiros trimestres do ano por questões sazonais.

A falta de trabalhadores qualificados, porém, continua sendo o item mais lembrado entre as empresas (65,8%), seguido por carga tributária, citado por 42,6% dos entrevistados. A CNI destaca ainda a forte elevação do item inadimplência dos clientes entre as grandes empresas, que foi lembrado por 26% dos empresários. No quarto trimestre, esse item estava em 12,5%.

Para fazer a pesquisa, a CNI entrevistou 398 empresas, sendo 189 pequenas, 156 médias e 53 grandes, entre os dias 31 de março e 14 de abril de 2011.

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