A greve dos funcionários da construção civil na região metropolitana de Fortaleza já dura 22 dias e provoca atraso na entrega de obras e prejuízo com contratos de alugueis de máquinas e equipamentos.
O Sinduscon-CE (sindicato das construtoras do Ceará) estima perda de aproximadamente R$ 3 milhões por dia não trabalhado. O valor acumulado no período é de cerca de R$ 66 milhões.
"A incerteza gerada pela greve no ritmo das obras tem afetado os setores da construção (civil) e imobiliário. Muitos contratos importantes já deixaram de ser fechados", disse Fernando Pinto, vice-presidente do Sinduscon.
A paralisação atinge aproximadamente 59 mil trabalhadores do setor e afeta cerca de 450 obras em Fortaleza e cidades vizinhas, que estão totalmente paradas.
Negociação
Uma reunião entre as construtoras e representantes do Sticcrmf (sindicato dos trabalhadores da construção civil de Fortaleza) no último domingo conseguiu avanços em relação aos pedidos dos grevistas.
No encontro, as partes chegaram ao seguinte acordo: reajuste salarial de 8% para toda a categoria, aumento no valor dos pisos de cerca de 10% e auxílio alimentação de R$ 50.
O único ponto de discussão remanescente refere-se ao pagamento dos dias não trabalhados. Enquanto os funcionários buscam receber o valor integral dos 22 dias parados, as construtoras se negam a pagar.
Um novo encontro entre lideranças dos dois sindicatos está previsto para a tarde desta terça.
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