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Stephen Murphy é consultor da Pacific NW Advisors para América Latina. Define-se o "brasilianista de Seattle", em seu trabalho como estimulador de parcerias entre empresas brasileiras e americanas, especialmente na área de bioenergia e biofertilizantes.

O ex-conselheiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) respondeu à Gazeta do Povo, por email, sobre o interesse americano em álcool brasileiro.

Gazeta do Povo - Qual seu interesse no etanol brasileiro?Stephen Murphy – Presto consultoria a um fundo de hedge [que protege os ativos da carteira contra variações de preço] interessado em financiar exportações de etanol e biodiesel do Brasil para o exterior.

Qual a demanda atual dos EUA por etanol?Em março ela foi de 414 mil barris/dia, frente à produção de 384 mil barris/dia. O Brasil é o maior exportador.

Na sua opinião a sobretaxa ao álcool brasileiro deve cair?Acho difícil mudar o lobby de fazendeiros do meio-oeste americano quando terminar a validade da lei, em 2009, a menos que haja uma alta "braba" no preço de petróleo. Os americanos sabem que precisamos reduzir o consumo de petróleo, mas os políticos estão receosos em impor impostos maiores sobre o consumo para não irritar o eleitorado – lembrando que 2008 é ano de eleições presidenciais. Considero as metas de 2017 bastante otimistas.

Como o senhor vê a ampliação das importações do Brasil?Apesar da tarifa atual, acho que o Brasil tem um bom mercado aqui, sobretudo se o exportador brasileiro entrar com o produto no país via Caribe (opção que permite exportar um determinado volume sem tarifa).

Que imagem os investidores fazem do etanol brasileiro?A imagem geral é positiva, mas faço a ressalva de que há muita gente sem tradição no setor entrando para aproveitar o "boom", o que merece muita atenção.

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