Consultoria recomenda a cidade pela infra-estrutura e oferta de imóveis

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Curitiba – A instalação de multinacionais ou sedes de grandes empresas brasileiras em solo paranaense não é novidade. Começou há 30 anos com a chegada da Siemens, empresa alemã de telecomunicações, que veio para a Cidade Industrial de Curitiba atraída por incentivos fiscais e pela qualidade da mão-de-obra na região. Foi a primeira de uma série, intensificada na última década desde que grandes corporações descobriram as vantagens da capital paranaense.

A consultoria Binswanger Brasil, de São Paulo, foi responsável pelo estudo de mercado que sugeriu Curitiba como sede da Esso, Kraft e da ampliação da Siemens. Para cada empresa é feito um levantamento detalhado da infra-estrutura do local e da disponibilidade de imóveis para as instalações, de acordo com necessidades específicas. "Curitiba é atraente por vários fatores: a infra-estrutura urbana, de uma cidade que se preocupou com o planejamento, a oferta de imóveis, que ainda é grande, a qualificação da mão-de-obra e a qualidade de vida", diz Miguel Giacummo, diretor da empresa. Outra questão muito importante levantada pela consultoria é a localização estratégica da cidade, próxima de São Paulo, de portos e do Mercosul. Além disso, os custos operacionais para as empresas ficam 40% menores do que se estivessem instaladas em São Paulo.

Outra empresa que se interessou pelo mercado curitibano, e que traduz o momento pelo qual a cidade passa, é a HQ Officing Solutions, a maior no Brasil no setor de escritórios inteligentes e serviços corporativos.

A HQ trabalha com a terceirização de escritórios e acaba de inaugurar um segundo prédio comercial na cidade, já com 50% de ocupação. "Curitiba era vista como tradicional, mas provou que, além de inúmeras vantagens, é aberta a novos conceitos", diz Mauro Koraicho, presidente da HQ no Brasil.

A vinda de grandes empresas não representa risco ou desvantagem para o município, segundo a prefeitura de Curitiba. A cada instalação é feito um estudo dos impactos na região. "Além do mais, há a preocupação de atrair empresas não-poluentes", acrescentou Juraci Barbosa Sobrinho, presidente da Curitiba S.A, empresa mista responsável pelo desenvolvimento econômico do município.