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Curto prazo

Entrevistado espera inflação e juros menores

O consumidor espera juros mais baixos e inflação mais fraca nos próximos meses, de acordo com a Sondagem das Expectativas do Consumidor de julho. Segundo a economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) Viviane Seda Bittencourt, subiu de 4,5% para 5,8% a parcela dos entrevistados que apostam em juros mais baixos nos próximos meses. Já a projeção de inflação do consumidor para os próximos 12 meses caiu de 7,1% em junho para 6,8% em julho.

Viviane explicou que o consumidor sentiu um arrefecimento da inflação nos meses de junho e de julho, e isso afetou projeções em um horizonte mais longo. As avaliações das famílias sobre estes dois fatores ajudaram a compor um cenário favorável para a confiança do consumidor em julho, que atingiu nível recorde.

Quando indagada se o resultado da sondagem em julho seria um balde de água fria para o governo, em sua estratégia de coibir o avanço do consumo para combater a inflação, Viviane foi cautelosa. "A confiança do consumidor aumentou, mas o ímpeto deste aumento ainda é moderado. Por exemplo, as intenções de consumo de bens duráveis em julho estão elevadas, mas não chegaram ao maior nível da série, que ocorreu em novembro do ano passado", afirmou.

A confiança do consumidor atingiu nível recorde em julho, revelou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que mostrou alta de 5,4% em julho contra junho – mais que o dobro da elevação em junho (2,3%) ante maio. O ICC, calculado dentro de uma escala até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), foi de 118 pontos em junho para 124,4 pontos em julho, o maior nível da série histórica do índice, iniciado em setembro de 2005.O avanço da confiança em julho reflete melhora em todos os quesitos integrantes do ICC, principalmente nas respostas relacionadas ao futuro. O Índice da Situação Atual (ISA), um dos dois sub-indicadores componentes do ICC, subiu 4,3% em julho, após alta de 1% em junho, e passou de 138,6 para 144,6 pontos, mantendo-se acima da média histórica de 115,5 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 4,9% neste mês, alta mais intensa que a de junho (3,2%), e passou de 107,1 para 112,4 pontos, superando média de 107,8 pontos pela primeira vez desde fevereiro de 2011.

O indicador também teve saldo positivo quando comparado com o desempenho em 2010. Na comparação com julho do ano passado, o ICC subiu 3,1% neste mês. Em junho, o indicador caiu 1,1% ante igual mês no ano passado. O levantamento abrange amostra de mais de 2 mil domicílios, em sete capitais, com entrevistas realizadas entre os dias 1 e 21 de julho.

Otimismo

O otimismo com o futuro da economia impulsionou o avanço do ICC. Segundo a FGV, a fatia de consumidores entrevistados que aguardam melhora na situação econômica local nos próximos meses subiu de 25,5% para 31,2% de junho para julho. Já a dos que esperam piora diminuiu de 19,4% para 14,2%, no período.

A FGV ressaltou ainda que, após três meses em queda, o grau de satisfação do consumidor com a situação econômica local volta a melhorar em julho. O porcentual de pesquisados que avaliam a situação atual como boa aumentou de 27,8% para 31,7%, de junho para julho. Já a dos que a julgam ruim diminuiu de 24,9% para 19,7%.

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