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Saiba um pouco mais sobre o que acontece na Feira de Gestão| Foto:

Empreendedor precisa interligar negócios

O empreendedor do futuro precisa ser capaz de conectar seus negócios com outros negócios – sejam empresas, organizações ou entidades governamentais –, na visão do gerente geral da Natura, Luis Bueno. "A tendência é que, cada vez mais, tenhamos vários negócios conectados, ao invés de corporações gigantes", disse ontem o executivo, durante o painel sobre empreendedorismo. Bueno destacou ainda outros dois pontos fundamentais do novo empreendedor: ser capaz de construir relacionamentos sérios e responsáveis e de entender a necessidade de buscar lucro associado a valores sociais e ambientais. Durante a palestra, Bueno apresentou as ações da Natura neste sentido, destacando o papel inovador das mais de 940 mil consultoras ligadas à empresa.

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No mesmo painel, o diretor de re­­cursos humanos da Google pa­­ra a América Latina, Deli Mat­suo, contou como é a rotina de trabalho dos funcionários da companhia, que ganhou fama no mundo inteiro por incluir partidas de ping-pong ou videogame. "Gerenciamos as pessoas por objetivos. Elas sabem o que precisam entregar no fim do trimestre e entregam. O tipo de pessoas que contratamos não precisa de controle", disse. (CS)

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  • Marcelo Tas durante a apresentação na Feira de Gestão:

A grande inovação na era digital não tem gigabytes nem se faz com milhões de reais, mas com um dos sentidos básicos do homem. No mun­­do em rede, é preciso aprender a ouvir, defende o jornalista e apresentador de televisão Marcelo Tas. "Nós, comunicadores, mas também as empresas e as escolas, passamos décadas só falando. Agora temos que aprender a ouvir. E isso é uma oportunidade enorme para trocar informações."

Tas fez na quarta-feira a mais concorrida palestra da 9.ª Feira de Gestão da FAE Centro Universitá­rio, para mais de 1,2 mil pessoas, e participou do painel de comunicação sobre convergência de mídias. Com a sua foto antes do primeiro dia de aula, ilustrou as mudanças pelas quais o mundo tem passado – e como elas têm transformado as relações humanas dentro e fora da rede mundial de computadores. "Quando eu ia para a escola, o meu professor era a única fonte de informação. O que ele dizia era ver­­dade e ponto. Hoje, antes de che­­gar na escola, os alunos já tiveram contato com milhares de fontes", diz. "As redes sociais são um fe­­nômeno que não está só no Twitter. Está nas empresas, nas escolas, nas famílias."

A principal mudança, diz Tas, é que as pessoas não esperam mais pelo conteúdo – elas vão até ele, in­­teragem, mudam e compartilham com outras pessoas. "A grande diferença é a interação". O novo indivíduo, diz a diretora de mídia da agência JWT, Anita Bardeli, é um "cocriador". "O consumidor não pode mais ser visto como um simples espectador. Ele precisa ser entendido, tratado e respeitado como um ‘cocriador’, alguém engajado na comunicação", defende a diretora. "O mundo ‘sereno’ da comunicação acabou."

Para a diretora de comunicação da Oi, Flavia da Justa, essa nova realidade tornou a comunicação mais difícil para as marcas. "É muito mais complicado. Mas por isso também é muito mais gostoso e desafiador." Como o consumidor está sempre conectado, diz a diretora, é preciso que a marca também esteja sempre presente no que ela chama de "ecossistema de mídia". Ele convivem os canais pró­­prios de comunicação da em­­presa (como eventos e websites), as mídias pagas e a comunicação "orgânica", onde se enquadram as mídias sociais. "Não há mais períodos sem comunicação. E, principalmente, você sai do tradicional para a esfera da experiência, da distribuição de conteúdo."

Nas redes

O diretor da Central Globo de Co­­municação, Luís Erlanger, também participou do painel mostrando a experiência da emissora com as redes sociais. A Globo tem usado esses canais para promover novelas e minisséries e conversar com um público, diz Er­­lan­­ger, que não é tradicionalmente telespectador desses programas. "Ninguém está mais in­­teressado na plataforma, e sim no conteúdo, que precisa ser bom", defende.

Erlanger citou como exemplo os vídeos divulgados no YouTube seis meses antes da estreia da novela Caminho das Índias: eles traziam atores em situações ligadas à cultura indiana e foram vistos por mais de 120 mil pessoas em 15 dias. Em outra iniciativa, a Rede Glo­­bo recebeu mais de 6,5 mil ví­­deos caseiros para compor a sua campanha de fim de ano.

O diretor mostrou que a força dessas mídias está em iniciativas dos próprios internautas: a Globo tem mais de 14 mil citações no Twit­­ter, mil comunidades no Or­­kut, 1080 blogs relacionados e mais de 68 mil vídeos no YouTube.

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