Depois de conquistar o consumidor oferecendo tarifas menores, possibilidade de ter vários números de telefone e maior simplicidade no acesso à tecnologia, os fabricantes agora buscam diferenciar os aparelhos agregando funções. Reconhecimento de chamadas, por exemplo, na telefonia fixa convencional custa cerca de R$ 20 mensais; em IP, sai de graça. Outra possibilidade é ter um número de qualquer lugar do país. Além disso, dá para criar "ramais" em casa.
A PL Tecnologia tem um PABX IP que, além de fazer tudo isso acima, ainda é capaz de gerar correio de voz, guardar a mensagem no HD do PC ou mandar por e-mail. "Graças ao Skype, o usuário já está entendendo o mercado. O upgrade é o cliente ter um sistema desses em casa ou carregar o ramal com ele no notebook", diz Paulo Lira, diretor da PL.
Já que o mercado tem tantas opções de operadoras VoIP e de aparelhos, chegou o momento de abandonar a telefonia fixa convencional? Para Andrés Etchenique, diretor regional da empresa de estrutura de VoIP Veraz, desde que a operadora VoIP tenha estrutura de qualidade e atenda o costume de um serviço de telefone normal, vale a pena, sim, fazer o teste. "O usuário quer um serviço com tom de discagem, que não pipoque a voz", diz Andrés, que acredita que o mercado doméstico de VoIP só deve atingir a maturidade em um ou dois anos.
Diogo Superbi, engenheiro de vendas da Linksys, que vende aparelhos VoIP para o varejo, discorda. "Voz sobre IP é a mania do momento", diz Diogo, que manda um alerta para o consumidor. "O cliente só deve tomar cuidado porque nem toda caixinha de VoIP é boa." Ou seja, pesquisar antes de levar o aparelho para casa é uma boa. A internet está aí para isso.
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