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A e-bit, em parceria com o Programa de Administração de Varejo (Provar), mostra que os clientes do comércio eletrônico estão mudando seus hábitos. Entre 2001, quando foi feita a primeira pesquisa deste tipo, e 2005, o número de pessoas que fizeram compra na web usando um site de busca e comparação de preços passou de 6% para 19%. Também cresceu de 5% para 9% o percentual dos que clicaram banners para comprar produtos. Outros 21% foram direto no site de uma loja previamente escolhida (foram 34% em 2001) e 16% receberam uma promoção via e-mail (17% em 2001).

- As pessoas estão usando mais sites como google e yahoo para achar o que querem comprar ao menor preço - afirma Pedro Guasti, diretor geral da e-bit

As queixas contra sites que vendem e não entregam no prazo estipulado estão cada vez menores. Em 2001, 71% dos consumidores disseram ter recebido suas mercadorias no prazo indicado. No ano passado, o percentual subiu para 81%. Os que disseram que, na data da entrevista, ainda aguardavam pela entrega somaram 12%, contra 19% em 2001. Os que disseram não ter recebido no prazo foram apenas 2% da amostra, contra 5% em 2001.

Também os produtos que atraem consumidores estão mais diversificados. Durante mais de 4 anos a categoria CDs e DVDs permaneceu na liderança dos ranking dos mais vendidos, mas em outubro de 2005 a liderança foi conquistada por um mês pela categoria de livros e revistas. Mesmo assim, CDs e DVDs foram os produtos mais vendidos em 2005 (21% das compras). Em seguida vieram livros, revistas e jornais (18%), eletrônicos (9%), saúde e beleza (8%) e informática (7%). Os demais segmentos (alimentos, vestuário, flores, perfumaria, cosméticos, brinquedos e ingressos) responderam, juntos, por 37%.

- Ainda que o preço seja um pouco maior, as pessoas preferem, por exemplo, comprar ingressos de cinema pela internet, para fugir das filas - disse Guasti.

De acordo com o levantamento, segunda, terça e quarta-feira são os dias preferidos para a compra pela internet. As operações são feitas, geralmente, em horário comercial, entre às 9h e às 17h. Ou seja, em horário de trabalho. Para os consumidores tradicionais, as compras continuam sendo mais freqüentes nos fins de semana e à noite.

Guasti explicou que as lojas virtuais estão buscando cada vez mais parcerias com empresas para aumentar o fluxo de clientes que compram pela internet. Uma maneira positiva de conseguir esse aumento é buscar usuários do internet banking que ainda não compram produtos pela web. Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), existem atualmente 17 milhões de usuários de internet banking. Já os que fazem compras pela internet somam 5 milhões.

- São 12 milhões de pessoas que ainda não compraram e que podem vir a comprar pela internet. Os bancos fazem promoções com as lojas, que tentam atrair esse público no momento de uma operação bancária. A idéia é que, na saída do internet banking, o usuário seja direcionado para uma loja virtual - disse.

O Bradesco já faz isso há algum tempo, de acordo com Guasti. Nesse caso, o cliente pode sair do internet banking e ir para o Shop Fácil do Bradesco. Tem também outras iniciativas. Recentemente, o Unibanco colocou dentro do seu canal de internet vantagens para os usuários comprarem no Submarino.

A pesquisa foi feita com clientes de 500 das 1.200 lojas virtuais em operação no país.

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