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Avante filhos da pátria, o dia da glória chegou. Quando os primeiros versos da Marselhesa, hino da França, ecoarem no Fifa World Cup Stadium em Hannover, pouco antes das 16h desta terça-feira, a imagem que virá à mente dos franceses será a de Didier Deschamps levantando a taça do Mundial de 1998. Na hora do hino espanhol, os torcedores da Fúria sentirão algo entalado na garganta, e não é só porque a música não tem letra. A Gazeta do Povo Online acompanha o jogo no lance a lance.

O futuro de toda uma geração de heróis dos Bleus estará em jogo. O mito Zinedine Zidane pendura as chuteiras após a Copa do Mundo. Liliam Thuram quebrará o recorde de Dasailly na sua 117ª partida com a camisa azul. Henry pode se tornar o segundo maior goleador francês em Copas do Mundo, só atrás de Just Fontaine.

Todos estavam presentes no gramado do Stade de France naquele 12 de julho, contra o Brasil. Todos estão oito anos mais velhos, mas ainda carregam a esperança. A média de idade da equipe de Raymond Domenech é de 29 anos e meio, cinco a mais que a média da Espanha.

É uma geração que trouxe alegria e deu aos franceses o status de time vencedor. De lá para cá, entretanto, os ares altivos ainda não se justificaram. Em 2002, queda na primeira fase. Em 2006, dois empates, contra Coréia do Sul e Suíça, uma vitória sofrida diante de Togo e o segundo lugar do grupo G.

- Será uma boa partida, contra um adversário que nunca venceu nada - foi a frase do lateral Sagnol na véspera. Parece esquecer de um passado recente. Se nunca levantou um título mundial, a Espanha está invicta nos últimos dez jogos de Copa do Mundo, exatamente como o Brasil. O recorde é da seleção canarinho, com 13. No geral, a Fúria não perde há 25 partidas.

O técnico Luis Aragonés parecia ter surtado no início da Copa. Dizia ter a melhor seleção nas mãos. O fato de estar invicto à frente da equipe parece justificar. A Espanha está entre as seleções que venceram as três partidas da primeira fase, ao lado do Brasil, Alemanha e Portugal. Pela primeira vez, entretanto, terá um rival à altura. A França nunca perdeu para os espanhóis em jogos oficiais. As 11 derrotas em 27 jogos aconteceram em amistosos. Houve ainda dez vitórias e seis empates.

As mesmas mãos que assinaram a escalação sem o ídolo Raúl nos dois jogos iniciais incluíram o jogador novamente na fase decisiva. A Fúria vem com três atacantes, sem medo da guerra.

Às armas cidadãos, formem seus batalhões, é o que diz a Marselhesa. Após o apito final, a organização prestará sua homenagem. O hino do vencedor ecoará novamente no estádio e emocionará a todos. A letra que arrepia os franceses equivale a uma estrela que falta no escudo espanhol. Um jogo para a história ser escrita. Marchem então, pois, no fim, alguém terá de engolir a seco.

ESPANHA X FRANÇA

Local: Fifa World Cup Stadium de Hannover (Alemanha)Horário: 16h (de Brasília)Árbitro: Roberto Rosetti (Itália)Assistentes: Cristiano Copelli e Alessandro Stagnoli (ambos da Itália)

ESPANHACasillas; Sergio Ramos, Puyol, Pablo e Pernia; Xavi, Xabi Alonso e Fabregas; Raul, Fernando Torres e David VillaTécnico: Luis Aragonés

FRANÇABarthez; Abidal, Gallas, Thuram e Sagnol; Malouda, Makelele, Vieira, Zidane e Ribéry; HenryTécnico: Raymond Domenech

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