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O gostinho que Pablo Enrico Tobar Fabro, 24 anos, tem pelo Brasil ocorre somente em suas férias, quando visita a irmã em Curitiba. Filho de mãe brasileira e pai equatoriano, Pablo mora em Quito há 22 anos, mas nem por isso perdeu as raízes com seu país nativo. Nos jogos da seleção canarinho ele se orgulha de torcer pelo time do "quadrado mágico", em detrimento com a torcida local, o que provoca momentos divertidos com seus amigos equatorianos. Mas para falar sobre isso deixamos ao encargo de Pablo:

"A Copa do Mundo é vista da melhor maneira aqui no Equador. E uma grande alegria para todos os equatorianos, devido à situação política que o país viveu há alguns meses (troca de governo fora de seu período normal). Todos estão felizes e acreditando que o Equador tem muita chance de passar para a segunda fase, embora a derrota para a Macedônia no domingo (28/05) ter feito os ânimos ficarem um pouco apagados. Mesmo assim, os torcedores não vêem a hora de chegar o próximo amistoso do time e sua estréia na Copa. Todo o mundo sabe que será em horário de trabalho, mas tenho certeza que nos dias de jogos do Equador, todos sairemos cedo de nossos trabalhos. Se isso não acontecer, muita gente vai poder acompanhar os jogos do serviço mesmo, pois estão sendo instalados telões aqui na fábrica.

Para os brasileiros que se encontram vivendo aqui é uma tristeza enorme não poder estar em nosso país para comemorar um possível sexto titulo. Existe um otimismo enorme pela nossa seleção, mas o medo que se tem é que nem sempre o time favorito vence. Por isso, o time deve jogar humilde sem menos prezar os adversários, ainda mais porque eles estão conscientes de nosos favoritismo.

Até agora eu não tive a oportunidade de acompanhar uma Copa no Mundo aí no Brasil, pois o sistema de férias aqui é diferente do brasileiro. Mas visito Curitiba todos anos para ver minha irmã. Minha família que mora no Brasil sempre fala sobre como o povo brasileiro comemora as vitórias da seleção. A partir destes relatos posso dizer que aqui é um pouco diferente.

Pessoalmente não tenho costume de assistir aos jogos da seleção com a turma de brasileiros; prefiro ficar na minha casa com meus amigos daqui ou ir para um barzinho e bater um papo, tomar uma cervejinha e comemorar. O bom de tudo isso é que dentro de meu círculo de amizades sou o único estrangeiro, então sempre nos reunimos na minha casa para ver os jogos da seleção. O mais engraçado é que nos jogos entre Brasil e Equador eu sou o único a torcer para o Brasil e tiro sarro dos meus amigos quando vencemos.

Diferente de mim, meus pais costumam ver os jogos com os brasileiros. Aqui no Equador a comunidade brasileira é alta – entorno de mil – e esse pessoal normalmente se reúne em uma churrascaria brasileira que tem na cidade. Mesmo à distância desejo que dê tudo certo para que o nosso Brasil fique campeão. Todos esperam o hexacampeonato, e é dever de nosso time fazer força para que dê tudo certo."

Leia a matéria anterior: no rico solo saudita, futebol brasileiro reina soberano.

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Próxima história: antes de uma pelada, para esquentar, que tal um trago de vodka - Polônia, nesta quinta-feira (1º/06).

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