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O consumo de energia elétrica no Brasil subiu 3,1% em junho sobre igual período do ano passado, puxado principalmente pelo consumo das famílias e do comércio, informou nesta terça-feira (30) a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ressaltando que o setor industrial segue sem mostrar recuperação sustentada. A dinâmica se repetiu no semestre, quando o consumo das famílias e do setor de serviços compensou a queda observada na indústria, levando o acumulado do ano a uma expansão de 2,8%.

A EPE atribui o fenômeno ao aumento na base de famílias consumidoras de energia, com o acréscimo de quase 2 milhões de novas contas em um ano, e à maior posse e uso de eletrodomésticos pelos brasileiros.

O consumo das famílias aumentou 5,2 por cento em junho e 6 por cento no acumulado de 2013. O consumo médio mensal por consumidor está em 161,3 kWh, um aumento de 2,2 por cento em relação a junho do ano anterior, segundo a EPE.

O segmento de comércio de serviços também entregou números positivos, com avanço de 5 por cento em junho e 5,5 por cento no semestre. No entanto, a EPE afirmou ser possível observar uma moderação no crescimento, acrescentando que a base de comparação com o ano passado é alta.

"A redução no ritmo de crescimento acentuou-se no segundo trimestre, quando a taxa de expansão do consumo ficou em 4,6 por cento, a menor desde o quarto trimestre de 2010", disse a EPE. No mesmo período de 2012, o avanço no consumo de energia pela classe comercial e de serviços havia sido de 8,5 por cento.

Embora tenha subido 1,1 por cento em junho na comparação anual, o consumo de energia na indústria recuou 0,5 por cento nos seis primeiros meses do ano, refletindo a queda na produção de segmentos eletrointensivos, com destaque para a metalurgia do alumínio.

Segundo a EPE, o consumo agregado das indústrias teria crescido mais que o dobro em junho, a uma taxa de 2,3 por cento, se o nível de produção de alumínio do ano passado tivesse sido mantido.

"O comportamento do consumo industrial de energia ainda não oferece sinais de recuperação sustentada. Pelo terceiro mês consecutivo, houve crescimento do consumo total em relação ao mesmo mês do ano anterior. Contudo, na série livre de influências sazonais, o consumo recuou em junho 1,3 por cento", informou a EPE.

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