O consumo de energia do País este ano deve ficar "um pouco acima" dos 5% a 5,5% já previstos oficialmente pelo governo, na avaliação do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) Hermes Chipp. Mas, segundo Chipp, não deve ser superior a 9%. Ele comentou que o crescimento da economia brasileira este ano no cenário pós-crise global estimulou o consumo de energia industrial do País, o que deve ajudar a puxar a demanda por energia este ano.
Segundo Chipp, no ano passado, por causa da crise, o crescimento no consumo de energia "foi praticamente nulo", com taxa próxima de zero, em torno de 0,5%. De acordo com ele, o consumo residencial praticamente não mostrou nenhum tipo de desaquecimento em 2009, enquanto o consumo comercial ficou relativamente estagnado. A grande diferença partiu do consumo industrial, que sofreu um baque devido ao cenário de turbulência global em 2009. "A tendência este ano é um crescimento, uma recuperação no consumo industrial", afirmou Chipp.
Ainda segundo o dirigente, o consumo de energia acumulado até meados de maio cresceu em torno de 9% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. Ele não acredita que o ano de 2010 contará com um crescimento deste nível por muito tempo. Isso porque as taxas de crescimento do início deste ano estão sendo afetadas por uma base de comparação muito baixa, que refletiu as demandas menos intensas apuradas no ano passado em meio à crise financeira internacional. "Creio que (o consumo de energia no País) vai ficar um pouco abaixo disso (de 9%)", afirmou.
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