O consumo de produtos importados no próximo Natal deverá ser recorde nesta década. Motivo: o real forte em relação ao dólar. O baixo preço relativo dos produtos em dólar fez as importações de bens de consumo registrarem em setembro aumento de nada menos que 55,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária. No acumulado do ano, as compras externas de itens de consumo da população aumentaram 42,2%.
- É razoável esperar que a penetração de importados seja mais intensa nas redes varejistas no próximo Natal - analisa Flávio Castelo Branco, da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para quem o consumidor brasileiro não está atento a questões como nacionalidade do produto.
- Não é uma decisão consciente. É uma decisão pelo preço - avalia.
No fim de 2005, o real já estava valorizado. Mas, explica Castelo Branco, como os contratos entre as empresas são fechados com antecedência, a presença de importados foi menor no Natal do ano passado do que será este ano.
- Os efeitos da valorização do câmbio vêm se tornando mais permanentes - afirma.
No acumulado do ano até setembro, as importações somam US$ 66,711 bilhões, um crescimento de 23,3% sobre o mesmo período do ano passado. Já as exportações crescem a um ritmo menor, de 16,1%, para US$ 100,713 bilhões.
A CNI prevê que a quantidade de importações - que inclui quantidade exportada e variação dos preços apresente este ano um crescimento de 16,6%. Para as exportações, a previsão é de um aumento de apenas 2,5%.
No entanto, para a CNI, ainda não há motivo para alerta, pois o peso dos bens de consumo no conjunto geral do comércio exterior ainda é baixo, embora venha crescendo a um ritmo forte.
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