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| Foto: Felipe Rosa/Divulgação

A Copa do Mundo de 2014 será totalmente digital, afirma Jack London (foto), consultor e especialista em Engenharia Social e Sociedade Digital. Estar preparado para isso requer um esforço tão grande quanto o de aprontar a infraestrutura para o evento mundial, diz ele. London esteve em Curitiba na semana passada para o Seminário Copa 2014, que reuniu representares de setores como o hoteleiro, o bancário e o de comércio e serviços, para discutir os desafios tecnológicos das cidades-sede.

No evento, London adiantou que os tablets farão a revolução da transmissão da Copa e descreveu como, de modo geral, a tecnologia aboliu os limites entre casa e escritório, ou trabalho e descanso.

Depois de sua palestra, o consultor conversou com o jornalista Marcio Antonio Campos.

O senhor diz que a Copa de 2014 trará várias novas demandas tecnológicas, como transmissão em 3D na Fan Fest (espaços públicos com telões) ou a possibilidade de ver os jogos em tablets. Estamos preparados para isso?

Infelizmente ninguém está preparado. Hoje estamos falando em tornar mais fácil o acesso à banda larga em locais públicos pensando na Copa, mas talvez só isso não seja suficiente em 2014. Ainda temos sorte de saber quais serão algumas das tecnologias inovadoras que devem ser usadas na próxima Copa, mas a evolução é tão rápida que, talvez, daqui a três anos estejamos diante de realidades quase impensáveis hoje.

E como se preparar para o que ainda é desconhecido?

É o grande desafio. Eu acredito que as cidades deveriam criar um projeto digital permanente, uma espécie de "estado-maior de inteligência digital".

Um núcleo pensante com a missão de perceber o quanto antes as inovações tecnológicas e já trabalhar nos meios de fazer com que essas novas tecnologias sejam absorvidas pela cidade o quanto antes. Atualmente, o tempo entre o lançamento de um produto e sua massificação é cada vez menor. Se queremos cidades digitais, elas precisam perceber esse movimento.

O senhor afirma que a Copa da África do Sul não deixou nenhum legado tecnológico para o país-sede. Como evitar que isso se repita no Brasil?

Na África do Sul, todo o aparato tecnológico foi trazido de fora e, depois da competição, tudo foi levado de volta para os países de origem. Há várias formas de evitar essa situação em 2014. Os contratos envolvendo tecnologia para a Copa precisam de cláusulas de transferência de tecnologia. É preciso haver o envolvimento de empresas locais, que usem mão de obra local.

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O diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Allan Kardec, aproveitou a realização do Fórum de Postos de Serviços, na última semana, em Brasília, para propor uma série de reuniões com as receitas estaduais e o setor privado para discutir questões relativas à sonegação tributária no mercado de etanol. Segundo Kardec, não é papel da agência fiscalizar diretamente as usinas, mas é preciso buscar maneiras para diminuir a sonegação.

No Paraná, apenas cinco empresas de distribuição de combustíveis devem juntas cerca de R$ 1 bilhão ao Fisco estadual. O volume equivale a metade do que o setor gera de tributos em um ano no estado.

Promoções urbanas

Desde março, quando estreou, o site de compras coletivas Peixe Urbano lançou 200 promoções em nove cidades, inclusive Curitiba. Nesses seis meses, segundo a empresa, os consumidores economizaram cerca de R$ 10 milhões aproveitando diversas ofertas com descontos de 50% a 98% em serviços como tratamentos estéticos, espetáculos, restaurantes, bares e cursos.

Numa dessas promoções, com a Blockbuster On-line, oferta realizada no Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba simultaneamente, e logo depois em Belo Horizonte, mais de 6 mil pessoas fizeram três meses de assinatura da locadora on-line, que custariam R$ 179,70, por R$ 3, um desconto de 98%.

Lotado!

A concentração de eventos em Curitiba, em julho, garantiu alta lotação nos hotéis da cidade. O Crowne Plaza Curitiba fechou o mês superando todos os seus recordes, às vésperas de completar seis meses de operação. A ocupação média bateu os 72% e a receita foi 68% maior do que no mesmo período do ano passado.

Desafio energético

Projetos de geração, distribuição e uso de energia valem dinheiro no programa Eco Challenge: Powering the grid, que acaba de ser lançado pela GE. São US$ 200 milhões investidos pela empresa para premiar iniciativas que busquem soluções para um dos principais problemas do futuro: a geração de energia limpa e a diversificação das matrizes energéticas existentes. As inscrições podem ser feitas através do site www.ecomagination.com/challenge e qualquer pessoa a partir de 18 anos pode participar do desafio mundial.

Certificação

O consórcio CCPR-Repar, formado pela construtora Camargo Corrêa e pela Promon, recebeu mais uma certificação reconhecida pelo Inmetro. Trata-se da NBR 16001:2004, na área de responsabilidade social. A recomendação é resultado das iniciativas empreendidas para a promoção da cidadania e da sustentabilidade, em Araucária. O consórcio responde pelas obras de ampliação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) para a Petrobras, a serem concluídas em 2012.

Longo prazo

A indústria têxtil e do vestuário do Paraná quer pensar no longo prazo. Para isso, mais de 60 empresários e representantes do setor vão discutir nesta semana os caminhos para garantir o crescimento nos próximos anos. A reunião de planejamento estratégico do segmento será nos dias 13 e 14 de agosto, em Curitiba, e é organizada pelo Conselho Setorial da Indústria do Vestuário da Fiep.

O coordenador do Conselho, Marcos Tadeu Koslovski, explica que o encontro vai definir ações para aumentar a qualificação dos profissionais e a produtividade das empresas. O principal desafio? Vencer a concorrência que vem da Ásia.

Pragas

A Praxxis, especializada no controle de pragas urbanas, chega a Curitiba com a meta de conquistar 5% do mercado até 2012. A empresa presta serviços de desinsetização, desratização e descupinização. A ideia é focar nos segmentos de indústrias farmacêuticas, alimentos e bebidas, entretenimento, hotelaria, shopping centers e universidades. A Praxxis faz parte do Grupo Brasanitas, que fechou 2009 com faturamento de R$ 300 milhões.

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