As maiores empresas do Vale do Silício estudam interromper seus serviços durante um dia em protesto ao SOPA (Stop Online Piracy Act, na sigla em inglês), projeto de lei contra a pirataria on-line que tramita na Câmara dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela NetCoalition, associação que reúne as empresas contrárias à legislação como Google, Facebook, Amazon, Twitter e LinkedIn. As companhias, no entanto, não confirmaram publicamente o boicote e não há detalhes sobre como ele seria implementado.
A oposição ao SOPA vem crescendo nos Estados Unidos no último mês e começa a ganhar apoio popular. O exemplo mais recente, da última semana, foi o do Go Daddy, serviço de hospedagem de sites que perdeu 70 mil domínios após anunciar ser a favor da legislação. O número é relativamente pequeno quando comparado ao total de páginas hospedadas pela empresa 50 milhões em todo o mundo , mas a perda de clientes importantes, como o Wikipedia e o serviço de compartilhamento de fotos Imgur, fez com que o Go Daddy alterasse seu status para neutro e, sem conseguir cessar a debandada, para opositor ao projeto.
O SOPA endurece as penas contra sites que cometem violações a direitos autorais e coloca em lados opostos gigantes da tecnologia e do entretenimento nos Estados Unidos. Empresas tradicionais Disney, Warner, Sony Music e os principais canais de tevê são favoráveis ao projeto, enquanto as companhias que nasceram na era da internet são contra.
A maior reclamação de quem se opõe à lei é a maneira propositalmente branda como foi escrita, dando espaço, segundo eles, para que os detentores de direitos autorais abusem do poder que lhes será concedido. O projeto permite a abertura de processos contra usuários que tenham colocado no YouTube, por exemplo, um vídeo com uma música de fundo que tenha direitos autorais.
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