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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) anulou, nesta terça-feira (10), o concurso para cargos de nível superior, médio e técnico realizado no dia 27 de setembro. A decisão foi tomada, segundo a Copel, depois que a empresa comprovou irregularidades no processo. Houve problemas durante a aplicação das provas em Curitiba, Londrina e Maringá. Em Cascavel cerca de mil candidatos não conseguiram fazer a prova e registraram boletim de ocorrência.

A Copel informou que recebeu reclamações dos participantes sobre problemas nas fases de inscrição, de ensalamento e também durante a etapa de aplicação das provas. Em nota, a companhia afirmou que tais ocorrências acabaram por "comprometer a legitimidade de todo o processo", o que levou a empresa a anular o processo seletivo.

"Os casos que chegaram ao nosso conhecimento tornaram absolutamente questionáveis a obediência a alguns preceitos legais como a isonomia, a impessoalidade e o ambiente de competição justa entre os candidatos", afirmou o diretor de Administração da Copel, Antonio Rycheta Arten, em nota.

Ainda de acordo com a Copel, foram constatadas inconformidade entre o processo e as normas estabelecidas no contrato assinado com a FAE – Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, entidade encarregada de operacionalizar o concurso. Uma nova empresa será contratada para reiniciar o processo de seleção. A Copel informou que só depois da contratação é que serão divulgadas as informações sobre o novo cronograma e as orientações gerais aos candidatos.

Problemas

Os candidatos reclamaram que houve falta de informações sobre os locais de prova, que os portões foram fechados antes do horário previsto e também que os fiscais eram despreparados. Na época, a FAE afirmou que não houve desorganização e que todos os fiscais haviam sido treinados adequadamente. Cerca de mil candidatos de Cascavel não conseguiram fazer a prova e registraram boletim de ocorrência contra a organizadora do exame.

O concurso público visa selecionar e classificar candidatos para 48 cargos com formação de nível superior e para 26 cargos de nível técnico de segundo grau e de nível médio. Aproximadamente 80 mil pessoas se inscreveram no certame. Os salários vão de R$ 822,52 a R$ 4.930,32.

No dia 20 de setembro também houve problemas com outro concurso organizado pela FAE. O exame era para o cargo de analista judiciário do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Naquela oportunidade um malote com provas que iriam para Ponta Grossa foram esquecidas na capital e cerca de 500 candidatos não puderam fazer as provas.

A reportagem da Gazeta do Povo está tentando ouvir os representantes da FAE sobre a decisão da Copel.

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