A Companhia Paranaense de Energia (Copel) divulgou ontem comunicado ao mercado afirmando que sua exposição em moeda estrangeira "não é significativa", e representa apenas 6,4% do seu endividamento total.
Segundo a empresa, do total da dívida em moeda estrangeira, mais da metade (R$ 67,2 milhões) refere-se a bônus do Tesouro Nacional com vencimento somente em 2024. "Portanto, é bastante confortável o perfil da dívida da Companhia, sendo assim uma das empresas do setor elétrico menos alavancadas", diz o texto do comunicado, assinado pelo diretor de Finanças, Relações com Investidores e de Controle de Participações, Paulo Roberto Trompczynski.
A Copel não é a primeira a divulgar comunicados dessa natureza. Depois que Sadia e Aracruz admitiram perdas de R$ 760 milhões e R$ 1,9 bilhão, respectivamente, devido a operações com a moeda norte-americana, algumas companhias têm se esforçado em tranquilizar os investidores, no melhor estilo "sossega leão".
Entre elas, a Marcopolo (transportes), a Marfrig (frigoríficos) e a Cosan (álcool e açúcar) divulgaram comunicados em que afirmam ter práticas conservadoras para suas aplicações de câmbio.
"A empresa não tem exposição alavancada em derivativos de variação cambial com caráter especulativo, limitando-se ao gerenciamento de risco por meio de hedge (proteção)", afirmou a diretoria da Cosan.
Já a Marcopolo informou não praticar "operações de derivativos ou de outros instrumentos financeiros que não objetive a proteção das operações realizadas com o mercado externo". A Marfrig foi na mesma linha e comunicou que "não pratica operações alavancadas de derivativos ou instrumentos similares", além da "proteção mínima de sua exposição a outras moedas".
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