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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) projeta investimentos de R$ 6,9 bilhões entre 2008 e 2016. Depois da experiência frustrada na participação do leilão de rodovias que cortam o Paraná, no início do mês, a empresa anunciou ontem o seu programa de expansão, que inclui investimentos na área de geração, transmissão, distribuição e telecomunicações para sustentar seu crescimento nos próximos anos. O projeto prevê ainda aquisições no mercado, como a da usina hidrelétrica de Itiquira, em Mato Grosso, do grupo norte-americano NRG Energy, e de distribuidoras independentes de energia com atuação no Paraná.

A empresa antecipou que pretende iniciar a negociação com a Companhia Campolarguense de Energia (Cocel). Mas há ainda outras distribuidoras com atuação no Paraná, como o grupo Rede, que opera em Guarapuava, a Companhia Força e Luz (CPFL), com presença nos municípios de Barra do Jacaré, Jacarezinho e Ribeirão Claro, e a Força e Luz Coronel Vivida (Forcel).

Segundo o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, a maior parte dos recursos previstos – R$ 4,2 bilhões – deve ir para novas usinas que serão colocadas em leilão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Copel pretende investir ainda em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), na geração por meio de energias alternativas, na construção de uma usina térmica a carvão (avaliada em R$ 500 milhões) e na ampliação das linhas de transmissão (R$ 250 milhões). A área de telecomunicações, na qual a estatal já atua por meio da sua rede de fibras ópticas, deve absorver R$ 55 milhões.

Segundo Ghilardi, a companhia de energia entra agora em uma nova fase e conseguirá reduzir para 24% o endividamento sobre o patrimônio líquido até o final do ano. " Em 2002 esse porcentual estava em 47%", lembra, ao acrescentar que esse nível permitirá maior alavancagem no mercado para suportar os novos investimentos. Para esse ano, a meta é diminuir em 6% os custos gerenciais, o que representa uma economia de R$ 70 milhões.

Mas para cumprir as metas de redução de despesas, a empresa terá que driblar uma decisão recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determina que a Copel pague uma dívida de R$ 400 milhões referentes a PIS e Cofins não recolhidos. Segundo o governador Roberto Requião, parte dessa dívida prescreveu, o que reduziria o montante a R$ 200 milhões. A decisão é passível de recurso.

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