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O novo presidente da Copel, Ronald Thadeu Ravedutti, chega ao principal posto da estatal de energia paranaense após 30 anos na empresa com a promessa de fazer com que a companhia "seja um pouco mais audaciosa" do que foi até agora.

Ravedutti substitui Rubens Ghilardi, que deixou a Copel após mais de 40 anos. Antes de assumir a presidência, ele ocupava a diretoria de distribuição da companhia.

"Não vamos deixar que a Copel diminua sua participação em geração, transmissão e distribuição", afirmou Ravedutti à Reuters nesta quarta-feira (28). Pouco antes, em teleconferência com analistas, ele disse que "se ficarmos parados, teremos participação menor no mercado e não queremos isso".

De acordo com o executivo, uma das metas da nova administração da Copel é aumentar a confiança do setor privado em entrar em projetos de energia como parceiro da estatal. Uma lei do Estado do Paraná não permite que a companhia seja sócia minoritária em nenhum projeto.

"Mudar a lei demora muito, estamos em uma época complicada (eleições), não conseguiríamos que houvesse consenso. Então precisamos trabalhar com o que a gente tem... E aumentar a confiança do empresário privado na Copel. Ele precisa de garantias de que o seu dinheiro investido irá render."

Ao mencionar a busca de parceiros privados, Ravedutti disse que está se referindo, basicamente, a leilões de energia.

"Temos que oferecer sempre o menor custo", afirmou, acrescentando que a Copel deverá participar de leilões ainda em 2010.

A respeito de eventuais compras de ativos de geração, transmissão e distribuição, o novo presidente da Copel também não descarta parcerias com empresas privadas, "se esse for o caminho". "Apesar de sermos um pouco mais audaciosos, vamos analisar todas as propostas com segurança."

Na divulgação dos resultados de 2009, o então presidente Ghilardi afirmou que a Copel tinha interesse em adquirir distribuidoras de energia no Paraná, como a Cocel, que atua exclusivamente em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. O novo presidente confirmou o interesse, mas garantiu que a estatal não está em negociação com nenhuma dessas empresas no momento.

Ravedutti, além disso, negou que haja negociações para a aquisição da fatia do Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, na estatal catarinense Celesc.

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