Seis consórcios e oito empresas se cadastraram para disputar os cinco lotes do leilão de sistemas de transmissão que será realizado hoje, na BM&FBovespa. As instalações serão construídas em seis estados: Amazonas, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Destaque nos leilões de transmissão realizados nos últimos anos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Companhia Paranaense de Energia (Copel) vai participar do certame de hoje em uma sociedade inédita. A empresa formou dois consórcios com a estatal chinesa State Grid, que também arrematou concessões em leilões recentes. A estatal paranaense será minoritária, com 49% do capital, nos dois consórcios, batizados de Guaraciaba e Sino-Copeliano.
No último leilão de transmissão, em dezembro, a Copel compôs consórcios que conquistaram quatro dos nove lotes licitados pela Aneel. Nessa disputa, ela se comprometeu a investir R$ 465 milhões na construção de quatro subestações e 1.327 quilômetros de linhas de transmissão.
Concorrentes
Empresas do grupo federal Eletrobras Furnas, Eletrosul, Eletronorte e Chesf estão presentes em três consórcios. Outros consórcios inscritos no leilão são o Paranaíta formado por Bimetal Energia (80%) e Engeglobal Construções (22%) e o Sudoeste Goiano Transmissora, do qual fazem parte Celg (49%) e FR Incorporadora (51%). Entre as empresas inscritas individualmente para participar da licitação estão Abengoa, Alupar, Elecnor, Isolux, Neoenergia e as subsidiárias da Eletrobras Chesf, Furnas e Eletronorte.
Lotes
Serão leiloados cinco lotes com oito linhas de transmissão, com total de 1.709 quilômetros, e sete subestações. Os lotes A e B correspondem ao sistema de interconexão das usinas previstas para o Rio Teles Pires, no Norte de Mato Grosso uma dessas usinas, a Colíder, está sendo construída pela Copel.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os empreendimentos deverão demandar R$ 2,9 bilhões em investimentos, com geração de 11,6 mil empregos diretos. O prazo das obras vai variar de 18 a 32 meses. A Receita Anual Permitida (RAP) máxima prevista pelo regulador para todos os lotes é de R$ 363,9 milhões, valor que deverá cair com a disputa no leilão vencem os consórcios que oferecerem a menor RAP.
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