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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) pretende substituir mil funcionários até o fim deste ano. São pessoas que já se aposentaram, recebem o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas continuam na ativa. Destes, cerca de 300 teriam aderido a um plano de sucessão da empresa, mas outros 700 têm o interesse de continuar trabalhando, de acordo com o sindicato que representa os trabalhadores (Sindenel).

A Copel justifica que precisa planejar a saída dos trabalhadores aposentados e a substituição deles dentro da empresa. Os "aposentados na ativa" representam 12% da força de trabalho da companhia, de acordo com seu presidente, Rubens Ghilardi. "Eu tenho um risco de, em um mês, saírem 700 empregados. Eu preciso me preparar", diz Ghilardi. Além dos aposentados, há cerca de 500 trabalhadores que reúnem todas as condições para se aposentar, mas ainda não o fizeram.

O que a empresa ainda não definiu é o que fazer com os funcionários que não quiserem aderir ao plano de sucessão – se eles serão ou não demitidos. Segundo Ghilardi, que participa hoje da "Escola de Governo" do governo estadual, a proposta ainda não está totalmente formatada.

O presidente do Sindenel, Alexandre Donizete Martins, no entanto, afirma que a Copel está rompendo com uma prática de décadas ao "apressar" a saída dos funcionários. Eles têm o interesse de permanecer na empresa para continuar contribuindo com a Fundação Copel, que garante uma aposentadoria complementar à do INSS. "Isso não está sendo levado em consideração pela empresa. Ela diz que, se você se aposentou pelo INSS, agora vai ser demitido. São empregados de elevado conhecimento técnico e administrativo, e toda essa bagagem técnica vai ser perdida", afirma Martins.

Ele diz que nem o sindicato nem os trabalhadores foram procurados pela empresa para discutir o assunto, e que pediu, na última sexta-feira, que se abra a possibilidade de negociação.

Até junho deste ano, a companhia deve chamar parte dos aprovados em concurso realizado em 2005 e que ainda não foram convocados – o prazo de validade do processo termina na metade deste ano. De acordo com Ghilardi, também será aberto, até o fim do ano, um novo processo seletivo. "Por isso a nossa pressa. Temos que saber quem vai sair até junho, para ver quantas pessoas a gente tem que admitir agora, e quantas saem depois de junho, para ver quantas eu vou precisar depois e de que tipo, com qual formação."

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