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As atenções do mercado brasileiro estarão concentradas nos próximos dias na pesada agenda econômica interna. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas geradas no país) no quarto trimestre, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e a inflação medida pelo IPCA são alguns dos eventos aguardados com ansiedade pelos investidores.

A semana começa com a divulgação de importantes dados da atividade econômica no país, como os do setor automobilístico, apresentados pela Anfavea, e os indicadores industriais, medidos pela CNI.

Terça é a vez de o IBGE apresentar os dados do PIB referentes ao último trimestre de 2008. A expectativa do mercado é a de que a economia brasileira tenha se retraído em 2,3% no último trimestre em relação aos três meses anteriores.

Na quarta-feira, os investidores se deparam com o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês passado, para o qual se espera que tenha havido uma elevação de em torno de 0,50%.

O dia também será marcado pelo anúncio da decisão do Copom sobre a taxa básica de juros da economia. A expectativa predominante é a de que a taxa Selic seja reduzida de 12,75% para 11,75% anuais.

A desaceleração da indústria em janeiro fortaleceu a expectativa de queda de um ponto percentual na Selic. Há até quem fale em corte de 1,5 ponto porcentual. Segundo o IBGE, a produção da indústria brasileira caiu 17% em janeiro, o pior resultado em 19 anos.

Para Walter Machado de Barros, presidente do conselho de administração do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças (Ibef), "a inflação sob controle, a demanda reprimida e o índice de desemprego em ascensão reforçam o cenário para que o BC decida pela redução da taxa Selic em um ponto’’. O executivo projeta que a Selic esteja em 10,25% no fim do ano.

Na quinta-feira, vai ser apresentado pelo IBGE o resultado da pesquisa industrial de emprego e salário de janeiro. E, no dia seguinte, vão ser conhecidos os números das vendas do comércio varejista.

Exterior

Nos EUA e na Europa, a agenda será menos intensa do que a da semana passada – quando houve reuniões dos bancos centrais da zona do euro e do Reino Unido e a divulgação dos dados do mercado de trabalho norte-americano. A quarta-feira trará diferentes dados nos Estados Unidos, como as solicitações de empréstimos hipotecários, os estoques de petróleo e derivados e o resultado do Orçamento do Tesouro norte-americano.

Mas é na quinta-feira que os números a serem apresentados na maior economia do mundo têm mais chance de mexer com o mercado financeiro. Nesse dia, vão ser divulgadas as vendas no varejo dos EUA e os estoques das empresas americanas. Ambos os dados são importantes sinalizadores do ritmo em que anda a debilitada economia norte-americana.

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