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De olho no processo de capitalização da Petrobras, o mercado ignorou o noticiário econômico benigno no Brasil e nos EUA e levou a Bovespa à segunda sessão seguida no vermelho nesta sexta-feira, na contramão de Wall Street.

Puxado por ações de grande peso no índice, o Ibovespa encolheu 0,19%, aos 66.678 pontos. O giro financeiro da sessão ficou em R$ 6,4 bilhões.

Num movimento pouco comum, o investidor fez pouco caso de notícias habitualmente consideradas das mais relevantes. No Brasil, o PIB do segundo trimestre cresceu 1,2% sobre o primeiro quarto do ano, acima das expectativas. E nos EUA o mercado de trabalho eliminou menos vagas do que se previa em agosto.

"Mas o que pegou hoje foi o investidor se posicionando nas ações da Petrobras", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros.

O motivo: de acordo com os termos da oferta pública de ações da companhia, que teve o prospecto preliminar divulgado nesta sexta-feira, os que pretendem participar da operação como atuais acionistas, evitando uma diluição da sua participação, precisam estar com papéis da empresa até semana que vem.

Os estrangeiros, para quem o prazo é mais curto, foram os primeiros a vender papéis de outras companhias e a entrar nos da Petrobras, cuja preferencial deu um salto de 4,35%, a R$ 28,80.

Entre as que "pagaram o pato", OGX, a petroleira do grupo EBX que vinha recebendo boa parte do fluxo de investimentos do setor, especialmente de investidores que temiam pelos rumos da capitalização da Petrobras, foi a pior do índice, com um tombo de 5,7%, a R$ 19,30.

Setorialmente, os segmentos bancário, imobiliário e de metais também pesaram sobre o Ibovespa. Em destaque, Rossi Residencial caiu 3,3%, a R$ 14,94.

O papel preferencial da Vale, hoje a mais importante do índice, recuou 0,3%, a R$42,72, mesmo após relatório do Banco do Brasil Investimentos elevar o valor potencial das ações da mineradora Vale, alegando otimismo com o desempenho da empresa nos próximos exercícios.

O mercado acionário doméstico agora tem pela frente uma semana enforcada por feriado nos EUA, na segunda-feira, que fecha Wall Street, e o Dia da Independência no Brasil, na terça, que interrompe as transações na Bovespa.

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