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Bancos

Bancários fecham quase 400 agências em Curitiba e região

A greve dos bancários em Curitiba e região metropolitana fechou 399 agências ontem, conforme dados do sindicato que organiza o protesto na capital. A paralisação nacional ocorre há 15 dias, período no qual banqueiros e funcionários protagonizam uma greve ainda sem negociação formal. Interditos proibitórios (ordens judiciais que impedem os grevistas de impedir o acesso ao local de trabalho) chegaram a ser expedidos em Curitiba, a pedido de bancos, mas as decisões tiveram pouco efeito sobre o número de agências fechadas, segundo o sindicato. O interdito do Bradesco foi derrubado na quarta-feira, e parte das agências que tinham reaberto voltou a fechar, segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana.

O volume de objetos postais com entrega em atraso dos Correios do Paraná atingiu o volume recorde de 1,27 milhão ontem, 16.º dia da greve parcial dos funcionários da empresa. O número corresponde a pouco menos do que, em média, é entregue durante um dia normal no estado (1,5 milhão). As informações foram repassadas durante a manhã pelos Correios.

Para reverter os atrasos, ocorre no sábado e domingo, pelo terceiro fim de semana seguido, um mutirão de entregas em todo o estado. A estimativa dos Correios é de que 90,71% dos trabalhadores estejam trabalhando normalmente – ou seja, 9,29% dos trabalhadores teriam aderido ao movimento. Já o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom) diz que 60% dos trabalhadores da área operacional estão parados.

Sem perspectiva de novas rodadas de negociação, a greve deve acabar apenas no dia 8 de outubro, quando haverá julgamento de um dissídio coletivo. Os Correios já encerraram as negociações na esfera nacional. O relator será o ministro Fernando Eizo Ono, que irá decidir se os trabalhadores deverão retomar as atividades, qual será o reajuste aplicado aos salários e como deverá ser a reposição dos dias parados.

Sem acordo

A greve dos funcionários dos Correios será julgada pelo TST porque a empresa e os trabalhadores não chegaram a um acordo em relação às condições de reajuste salarial. A empresa ofereceu um reajuste de 8% nos salários e 6,27% a mais nos benefícios, além de vale-extra de R$ 650 em dezembro e vale-cultura dentro das regras do programa do governo federal.

Enquanto o julgamento não ocorre, os grevistas paranaenses promovem atos públicos em diversas cidades como último recurso para tentar obter benefícios junto à empresa. Em Curitiba, o sindicato informou que 100 trabalhadores se reuniram na sede da Rua João Negrão, bairro Rebouças, e seguiram em direção à Rua Marechal Deodoro, no Centro.

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