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Dólar sobe 0,44% em sessão volátil e fecha a R$ 2,2905 na venda

O dólar avançou ante o real nesta segunda-feira (25), em uma sessão marcada por volatilidade, com especulações sobre a eleição presidencial no Brasil e incertezas sobre o futuro da política monetária na Europa e nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana subiu 0,44%, a R$ 2,2905 na venda, perto da máxima da sessão de R$ 2,2912. Na mínima, o dólar foi negociado a R$ 2,2747. "Conforme vão se aproximando as eleições de outubro, a tendência é que o mercado fique cada vez mais volátil. E não ajuda que o cenário externo está atulhado de incertezas", afirmou o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Na cena interna, o mercado continua de olho nas eleições, cuja corrida ganhou novos contornos com a entrada da Marina Silva (PSB) na disputa à Presidência da República após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo. No começo da semana passada, pesquisa Datafolha mostrou que é praticamente certo que a presidente Dilma Rousseff (PT) não conseguirá se reeleger no primeiro turno devido à ascenção de Marina como cabeça de chapa pelo PSB e o resultado da rodada final da eleição está mais incerto.

No front externo, esta sessão foi marcada pela apreciação do dólar sobre o euro, que atingiu a mínima em quase um ano ante a moeda norte-americana, na esteira de expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) vá adotar mais medidas de estímulo para tentar impulsionar a atividade econômica da região.

Embalado pelo bom humor nos mercados internacionais e influenciado pelo forte desempenho das ações de estatais, na esteira da corrida eleitoral, o principal índice da Bolsa brasileira fechou esta segunda-feira (25) em alta, no maior nível em um ano e meio.

O Ibovespa subiu 2,27%, para 59.735 pontos - patamar mais elevado desde 1º de fevereiro de 2013, quando ficou em 60.351 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,180 bilhões. A cifra está em linha com a média diária do mês de agosto, de R$ 6,032 bilhões.

Segundo analistas, a questão política continua sendo o principal "driver" para o mercado de ações brasileiro. "Há expectativa de que a candidata Marina Silva (PSB) irá mostrar melhora ou até aparecer à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) em um possível segundo turno em pesquisa eleitoral prevista para esta semana", diz Leandro Ruschel, analista e diretor da Escola de Investimentos Leandro&Stormer.

Isso animou os investidores, que têm dado sinais de descontentamento com a gestão das estatais pelo atual governo. As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras dispararam 5,26% nesta segunda (25), para R$ 22,02 cada uma. Já as ordinárias (com direito a voto) subiram 5,38%, a R$ 20,78.

Outras estatais subiram: o Banco do Brasil avançou 3,54%, para R$ 31,54, enquanto a ação ordinária da Eletrobras teve valorização de 2,23%, a R$ 7,33. Já o papel preferencial da companhia do setor elétrico ganhou 1,38%, a R$ 11,78.

O setor financeiro, principal segmento dentro do Ibovespa, colaborou para o avanço do índice. "Os bancos são muito sensíveis à situação econômica e estamos num período ruim para a economia em termos de resultado fiscal, balança comercial, PIB e inflação. Ou seja, a menor esperança de mudança já traz otimismo", completa Ruschel.

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