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Empresas estão fazendo fila para listar papéis no mercado acionário ao redor do mundo, o que tem sugado dinheiro investido em ações já negociadas e alimentado preocupações de uma correção iminente.

Até o momento neste ano, o valor de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) globais disparou para valores próximos aos vistos nos últimos dias da bolha da internet em 2000, amparado por políticas de bancos centrais que injetaram dinheiro barato nos mercados e sustentaram ganhos ao longo dos últimos cinco anos.

Embora os níveis dos IPOs possam ser saudáveis, uma vez que alimentam o capital de empresas para expandir seus negócios, a avaliação dada a muitas ações que estão entrando no mercado tem aumentado para patamares que podem sinalizar uma forte correção à frente.

Investidores têm se desfeito de ações infladas recentemente, especialmente no setor de tecnologia, conforme se acumulam preocupações de que os preços estejam superestimados, revivendo memórias da crise da internet.

Tais IPOs estão consumindo dinheiro. Apesar dos fluxos enormes para o mercado de ações desde o início do ano, o índice MSCI All-Country World Index, composto por papéis de empresas em 45 países, está sendo negociado apenas com leve valorização durante o período.

"Novos papéis que estão chegando ao mercado estão diluindo o suporte técnico de fluxos de fundos. Isso nos deixa vulneráveis", disse Ian Richards, diretor global de equities da Exane BNP Paribas.

"Sabemos que ainda há uma fila grande para IPOs. Haverá esforços para que eles sejam realizados, o que, potencialmente, é um inibidor para os mercados", completou.

O volume global de IPOs listados, de US$ 65,8 bilhões via 331 operações até o momento em 2014, representa o maior valor anual até o momento desde 2010 e está pouco atrás do pico de 2000, mostraram dados da Dealogic.

Enquanto isso, fundos de ações globais recolheram mais de US$ 84 bilhões de neste ano, segundo dados da EPFR Global.

"Muitas vezes, o que gestores de fundos fazem é realizar vendas no mercado secundário para aderir a esses IPOs", disse Ashish Misra, diretor de política de investimentos no Lloyds Bank Private Banking.

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