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A direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Paraná se reúne nesta quinta-feira com representantes da Volkswagenpara discutir detalhes do plano de reestruturação. Até a noite desta quarta-feira, os trabalhadores ainda não haviam sido comunicados oficialmente sobre as demissões na unidade de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, que emprega 4,2 mil pessoas.

Se as previsões do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se confirmarem, a fábrica paranaense perderá 33,8% do quadro de funcionários até 2008. A estimativa é de que sejam demitidas 1.420 pessoas, 946 delas ainda neste ano.

A notícia sobre as demissões não foi recebida com surpresa pelo sindicato paranaense. "Um turno está em férias coletivas desde terça-feira. Esta é a terceira vez que a empresa dá férias coletivas para um dos turnos desde o início do ano, sinal de que a produção foi reduzida. E nós sabemos que só há empregos quando há produção", afirma Jamil Dávila, secretário do sindicato.

A planta de São José dos Pinhais produz 540 veículos/dia nos modelos Fox, Golf e Audi. Até a semana passada, antes da suspensão de um turno, a produção era de 800 veículos/dia, praticamente toda a capacidade instalada da indústria. A queda na produtividade é atribuída, tanto pela direção quanto pelo sindicato, à valorização do real frente ao dólar, que reduziu as exportações. Desde o início deste ano, a produção do Golf para exportação foi transferida para a planta do México. Em dezembro deste ano, a fábrica paranaense também deixará de produzir o Audi A3.

Ao contrário do que ocorre em São Bernardo, os funcionários da Volks de São José dos Pinhais não têm estabilidade. No ABC paulista um acordo coletivo garante os empregos até novembro. As demissões em São José dos Pinhais, portanto, podem ser as primeiras no país.

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