Cosan anuncia compra de R$ 896,5 milhões em ações da ALL
A Cosan S.A. Indústria e Comércio (produtora de açúcar, etanol e energia elétrica a partir da cana-de-açúcar) informou na terça-feira, por meio de fato relevante, que celebrou com Riccardo Arduini, Julia Dora Koranyi Arduini e a Global Market Investments L.P. (GMI), conjunto de vendedores, contrato de compra e venda de ações de emissão da ALL - América Latina Logística S.A.
O presidente-executivo da Cosan, Marcos Lutz, considerou que o prêmio pago pela compra de parte do bloco de controle da América Latina logística (ALL), que chegou a R$ 400 milhões, não foi alto. O executivo justificou que o valor pago tem relação com o potencial de desenvolvimento da empresa de logística nos próximos anos.
"A ALL é estratégica para a Cosan se posicionar nas áreas de infraestrutura, energia e do agronegócio", disse, em teleconferência a analistas de mercado. O preço pago por ação equivale a mais de duas vezes o valor negociado na Bolsa de Valores (Bovespa) e foi considerado "alto" pela maior parte dos especialistas de mercado.
As ações da Cosan lideram as perdas do pregão desta quarta-feira, com recuo de 5,84%, a 29,19 reais. Já a ação da ALL desta última abriu em forte alta, mas reverteu à tarde, antes de fechar em queda de 1,81%, a 10,83 reais.
A Cosan comunicou na noite de terça que assinou um contrato para comprar 38.980.117 ações de emissão da ALL equivalentes a 5,67% do capital da operadora logística, por R$ 896,542 milhões, valor que será ajustado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O acordo dá direito à Cosan de deter 49% das ações vinculadas ao acordo de acionistas da ALL.
A assessoria de imprensa da ALL divulgou, no fim da tarde, uma nota sobre o negócio. Confira o comunicado na íntegra: "A ALL é uma empresa de capital aberto negociada no mais alto nível de governança da BMF&Bovespa. Possui um grupo de acionistas que mantém um Acordo de Voto entre si para participarem conjuntamente das decisões estratégicas, por meio do Conselho da companhia. A empresa considera natural que haja alterações nesse grupo de acionistas, como já ocorreu em outros momentos de sua história."
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